Código
P11
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ
Autores
- LUIZA ANACHORETA TOSTES (Interesse Comercial: NÃO)
- Vinícius da Silva Varandas (Interesse Comercial: NÃO)
Título
CORRELAÇAO ENTRE A DOENÇA DO OLHO SECO E O TEMPO DE USO DE TELA DIGITAL EM CRIANÇAS
Objetivo
Considerando o período de pandemia e o tempo de reclusão domiciliar que gerou o consumo exacerbado de meios digitais para entretenimento e estudo na população infantil, emerge o questionamento sobre o impacto visual nas crianças. O objetivo do trabalho é correlacionar os sintomas da doença do olho seco em crianças com o uso prolongado de telas digitais.
Método
A pesquisa bibliográfica foi feita pelas literaturas nacional e internacional, publicadas entre os anos de 1995 a 2020 e escritos na língua inglesa. No período de agosto a outubro de 2020 foram pesquisados artigos publicados no site eletrônico do PUBMED através das seguintes palavras-chave: dry eye, children, video display, smartphone, video terminal, computer eye syndrome.
Resultado
A revisão da literatura revelou que a duração diária do uso do smartphone foi associada ao aumento do risco de olho seco em crianças. No entanto, a duração diária do uso do computador e da televisão não aumentou o risco de olho seco. Uma taxa de piscar reduzida durante o uso contínuo do smartphone pode causar sintomas de olho seco em crianças. A doença do olho seco em crianças deve ser detectada precocemente e tratada com educação médica e ambiental adequadas.
Conclusão
O uso a longo prazo de dispositivos eletrônicos, principalmente, smartphones, podem afetar a acomodação pelo aumento da necessidade visual para perto. Além disso, o uso prolongado desses aparelhos foi considerado um fator de risco para a doença do olho seco, como mostrado nos estudos supracitados. No entanto, são necessários mais estudos que corroboram com os achados. A revisão da literatura evidenciou que pequenos achados no exame clínico podem ser exacerbados com o uso prolongado de smartphones, deflagrando sintomas, mesmo em crianças. Portanto, essas queixas na infância devem ser valorizadas e servem como alerta inicial da doença. O diagnóstico, o tratamento médico e a educação comportamental adequados são necessários para preservar a saúde ocular infantil.