Sessão de Relato de Caso


Código

RC130

Área Técnica

Patologia Externa

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA)

Autores

  • EVANDRO CASTELETI DA SILVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Leonardo inoue (Interesse Comercial: NÃO)
  • Guilerme L'Apiccirella (Interesse Comercial: NÃO)

Título

FLOOPY EYELID SYDROME E ULCERA DE CORNEA

Objetivo

Relatar um caso atendido no Hospital das Clinicas - FAMEMA. Paciente com síndrome da flacidez palpebral (Floppy Eyelid Syndrome) evoluindo com úlcera de córnea.

Relato do Caso

Masculino, obeso, da entrada no Pronto Socorro do HC-FAMEMA com queixa de irritação em olho direito há aproximadamente 6 meses, evoluindo com dor de moderada intensidade, baixa acuidade visual e lacrimejamento há 10 dias. Sem cirurgias oculares prévias. Ao exame oftalmológico: exame externo - movimentação ocular preservada, sem restrições. Flacidez de pálpebras superiores, sendo facilmente elevada com tração manual. Acuidade visual com correção : 0,2/0,8.Biomicroscopia: OD - conjuntiva hiperemiada 1+/4+, córnea com ulceração central de aproximadamente 2x2 mm com discreto infiltrado estromal, flúor positivo, câmara anterior formada e sem reação inflamatória, íris trófica e tarsos com papilas.Notou-se uma frouxidão palpebral mais importante à direita, lado que o paciente referiu preferir dormir, nesse momento o paciente queixou-se de eversão da pálpebra superior direita durante o sono e secreção ocular diária. Indicou-se então o uso de colírio lubrificante Hyabak de 3/3 horas, Epitegel de 8/8 horas e Cefazolina e Gentamicina colírio fortificado. Foi também indicado cirurgia de encurtamento horizontal de 1.5 cm do terço lateral da pálpebra superior direita pela técnica de Kuhnt- Szymannoviski e eletrocoagulação puntiforme da conjuntiva palpebral direita.

Conclusão

Floppy Eyelid Syndrome caracteriza-se por uma conjuntivite papilar crônica e a existência de uma flacidez da pálpebra superior, juntamente com uma perda da elasticidade do tarso, que se everte facilmente ao ser tracionado para cima, achado fundamental para o diagnóstico. A exposição crônica da córnea pode causar desde ceratites superficiais causadas pela falta de lubrificação corneana até complicações mais graves como ulcera de córnea.

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