Código
RC179
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre
Autores
- EDUARDO DE CARVALHO MAZZOCATO (Interesse Comercial: NÃO)
- EDUARDO BARBOSA NIEDERAUER DE BRITTES (Interesse Comercial: NÃO)
- GABRIELA LUCATELI ZANATA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MACULOPATIA MEDIA PARACENTRAL AGUDA ASSOCIADO A NEURORRETINOPATIA MACULAR AGUDA POS RINOPLASTIA
Objetivo
Relatar caso de maculopatia média paracentral aguda (MMPA) associado a neurorretinopatia macular aguda (NMA) pós cirurgia de rinoplastia.
Relato do Caso
Paciente masculino, 41 anos, previamente hígido, sem doenças oculares prévias, procurou atendimento por quadro de escotoma paracentral em olho esquerdo iniciado logo após rinoplastia com anestesia local. Ao exame oftalmológico, apresentava acuidade visual de 20/20 em olho direito e de 20/40 em olho esquerdo, córnea e cristalino transparentes em ambos os olhos, à fundoscopia uma escavação de disco de 0,3 em ambos os olhos, com alteração pigmentar macular em olho esquerdo. Ao exame de OCT foram constatadas bandas hiperrefletivas na camada nuclear interna e também alteração de refletividade na camada nuclear externa em zona perifoveal, com atenuação da zona elipsoide e membrana limitante externa em região perifoveal, e um complexo EPR-coriocapilar com refletividade também alterada. Em análise de OCTA notou-se importante isquemia capilar em plexos retinianos superficial e profundo na região foveal.
Conclusão
O presente relato visa descrever um quadro agudo de MMPA associado a NMA, devido à associação entre o comprometimento tanto dos plexos vasculares intermediários quanto profundos pós procedimento cirúrgico com uso de vasoconstritores, e tem como objetivo orientar oftalmologistas para que consigam identificar tal patologia quando presente. Se propõe que o mecanismo da MMPA seja de isquemia capilar no nível do plexo vascular intermediário, visualizando-se bandas hiperrefletivas na camada nuclear interna, que com o tempo evolui para atrofia dessa camada, normalmente poupando as camadas externas da retina. Na NMA, se acredita que seu mecanismo seja de isquemia vascular no nível do plexo capilar profundo, visualizando-se bandas hiperrefletivas na camada nuclear externa, plexiforme externa, zona elipsoide e na zona de interdigitação. Ambas as doenças tem como fator de risco exposição a fatores vasopressores. Não há tratamento para tais patologias, sendo indicado apenas acompanhamento para esses casos.