Sessão de Relato de Caso


Código

RCO-10

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Governador Celso Ramos
  • Secundaria: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Autores

  • MAYARA FERNANDA PACOVSKA (Interesse Comercial: NÃO)
  • CARINA COSTA COTRIM (Interesse Comercial: NÃO)
  • JOAO LUIZ LOBO FERREIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

RETINOPATIA ESCLOPETARIA

Objetivo

A retinopatia esclopetária esta ligada a um trauma por arma de fogo que atinge a órbita e não penetra o globo ocular, resultando em ruptura coriorretiniana traumática seguida de proliferação fibrovascular acentuada com substituição variável da coroide e retina, raramente com descolamento de retina. O objetivo é relatar um caso de retinopatia esclopetária após trauma orbitário por bala de arma de fogo.

Relato do Caso

Masculino, 19 anos deu entrada no nosso serviço vítima de ferimento por arma de fogo há 10 dias na região infra orbital esquerda. Apresentava orifício de entrada na região de maxilar esquerdo já em fase de cicatrização. Ao exame oftalmológico do olho esquerdo, apresentava restrição de movimento ocular inferior e midríase média fixa. Sua acuidade visual neste olho era conta dedos 0,5m. À biomicroscopia não haviam alterações significativas, apresentava apenas discreta hiperemia conjuntival. Não foi visualizada perfuração ocular. O exame de fundo de olho demonstrava pequeno edema de disco, hemorragia vítrea inferior, hemorragia subretiniana macular (em reabsorção) e inferior e hemorragia subhialoidea. O olho direito apresentava exame oftalmológico normal. O exame de OCT demostrou buraco macular com líquido intra e subretiniano, espessura de 200 micra. O USG mostrou retina aplicada e espessamento difuso da coroide. O paciente foi então submetido à vitrectomia via pars plana 23GA associado a endolaser, peeling de membrana limitante interna e C3F8 18,6%. No per operatório foi observado retina aplicada, hemorragia subretiniana inferior e necrose retiniana inferior.

Conclusão

No atual relato, o paciente apresentava incialmente uma acuidade visual de conta dedos que melhorou parcialmente ao longo do seguimento pós operatório. Conclui-se que mesmo tendo alguns casos descritos na literatura como sem prognostico visual após esse tipo de trauma, nosso paciente teve uma evolução satisfatória.

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