Sessão de Relato de Caso


Código

RC083

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal de Goiás (UFG)

Autores

  • ALEXIA LARISSA DE SOUZA (Interesse Comercial: NÃO)
  • GEORGE ALENCASTRO DE CARVALHO PAES LANDIM (Interesse Comercial: NÃO)
  • LUCIANO DE SOUSA PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PARESIA DE NERVO OCULOMOTOR COM ACOMETIMENTO PUPILAR COMO SINAL INICIAL DE MACROADENOMA HIPOFISARIO

Objetivo

Relatar o caso de um paciente macroadenoma hipofisário que apresentou como sinal inicial paresia unilateral súbita de nervo oculomotor com acometimento pupilar.

Relato do Caso

Paciente masculino, 70 anos, foi atendido em pronto socorro oftalmológico com queixa de ptose palpebral em olho esquerdo (OE) súbita há 3 dias, sem dor associada ou diplopia. Como antecedentes patológicos informou hipertensão arterial sistêmica e blefaroplastia superior em ambos os olhos (AO). Ao exame apresentava acuidade visual com correção de logMAR 0,1 em AO. À ectoscopia notava-se ptose completa em OE. Motilidade ocular preservada em olho direito (OD) e em OE havia paresia dos músculos: levantador da pálpebra superior, reto superior, reto medial, reto inferior e oblíquo inferior. Era evidente anisocoria com pupila OE de maior diâmetro, em média midríase e pouco responsiva aos estímulos luminosos. Demais características do exame sem alterações. O exame de ressonância nuclear magnética evidenciou lesão expansiva/infiltrativa selar, sólida, localizada na adeno-hipófise a esquerda sem evidente contato com o quiasma óptico, comprometendo seio cavernoso e envolvendo a artéria carótida interna na porção cavernosa a esquerda em mais de 180º, comprometendo lateralmente o trajeto cavernoso do nervo oculomotor esquerdo, medindo 1,2x 1,8x 1,x2 cm, sugestivo de Macroadenoma Hipofisário. O paciente foi encaminhado para o Departamento de Neurocirurgia, o qual indicou intervenção através de ressecção transesfenoidal endoscópica. O paciente retornou para acompanhamento após a cirurgia, apresentando ptose leve em OE com demais exames de motilidade ocular sem alterações.

Conclusão

Cerca de 8 a 15% dos tumores cerebrais são hipofisários e dentre estes 50% são macroadenomas nos quais a manifestação oftalmológica mais comum é a alteração no campo visual . Apenas 5-12% dos pacientes cursam com disfunção da musculatura extrínseca ocular. Extensões tumorais ao longo trajeto do terceiro nervo craniano tem sido consideradas incomuns em casos de adenomas hipofisários.

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