Código
P42
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: UNIFACISA
Autores
- CAMILA REGINA MEDEIROS BEZERRA (Interesse Comercial: NÃO)
- MARIA CECÍLIA SANTOS CAVALCANTI MELO (Interesse Comercial: NÃO)
- DIEGO NERY BENEVIDES GADELHA (Interesse Comercial: NÃO)
- CARLOS TEIXEIRA BRANDT (Interesse Comercial: NÃO)
Título
IMPACTO DA PANDEMIA POR COVID-19 SOBRE DESFECHOS DE PACIENTES EM TRATAMENTO ANTIANGIOGENICO PARA DOENÇAS DA RETINA
Objetivo
Avaliar o impacto da pandemia por COVID-19 sobre desfechos de pacientes em tratamento antiangiogênico para doenças da retina.
Método
Estudo observacional e analítico, o qual foi realizado com pacientes acompanhados no Departamento de Retina da Clínica Escola UNIFACISA que estavam em tratamento com terapia anti-VEGF antes do período de quarentena da pandemia de COVID-19. Foi realizado revisão de prontuários eletrônicos dos pacientes que tiveram consultas de acompanhamento com os especialistas em retina para injeção intravítrea de anti-VEGF, que foram indicados antes do período da pandemia e que seriam realizadas no período da vigência da quarentena.
Resultado
Foram estudados 49 olhos. Destes, 52,8% do gênero feminino e 47,2% do gênero masculino. As idades variaram entre 35-90 anos com média de 63,6 ± 14,1. A média do tempo em que os pacientes ficaram sem injetar o anti-VEGF foi 7,6 meses ±. 1,5 meses. Foi observado que no período antes da quarentena a AV considerada normal a moderada correspondeu 33% dos olhos e no período de flexibilização houve diminuição para 17% dos olhos. Já os pacientes com AV considerada severa a cegueira, corresponderam 17% dos olhos antes da quarentena e no período de flexibilização houve aumento para 33% dos olhos (p= 0,0044). A piora autorreferida pelos pacientes correspondeu a 43% dos pacientes (p< 0,001). Os exames fundoscópicos e mapeamento de retina mostraram que no período de flexibilização houve piora nos achados anatômicos da retina de 19% para 38% dos olhos (p= 0,0005). Retinopatia diabética apresentou 57,1% casos, membrana neovascular subretiniana ativa com 34,7% e oclusão de veia central da retina 6,1%.
Conclusão
Os resultados sugerem que atrasos no tratamento podem ter impacto negativo nos resultados visuais e anatômicos de pacientes em tratamento com terapia anti-VEGF.