Título

SINDROME DE FOSTER KENNEDY

Objetivo

Relato de caso de síndrome de Foster Kennedy secundário a glioma difuso

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 32 anos, com queixa de redução progressiva da acuidade visual em ambos os olhos, pior olho esquerdo. Relatava episódios de cefaleia, anosmia, vômitos e alteração do humor nos últimos 4 anos. Ao exame apresentava acuidade visual com sua melhor correção, em olho direito conta dedos a 4 metros e em olho esquerdo, percepção luminosa. À biomicroscopia paciente fácica em ambos os olhos. À fundoscopia apresentava, em olho direito, edema de nervo óptico e cicatriz de coriorretinite atrófica em região macular e em olho esquerdo, palidez de nervo óptico com edema residual. A ressonância magnética de crânio apresentava “lesão expansiva comprometendo o lobo frontal esquerdo e o corpo caloso com extensão contralateral frontal, desvio de estruturas da linha média e hidrocefalia hipertensiva dos ventrículos hipofisários”. Seguiu com ressecção parcial de tumor cerebral (glioma difuso), radioterapia (28 sessões), quimioterapia (temozolamida 350mg/dia por 5 dias, com intervalos de 28 dias), apresentando, na 3ª sessão de radioterapia, complicações com aumento da pressão intracraniana. Evoluiu com piora progressiva da acuidade visual, no momento olho direito de movimento das mãos e olho esquerdo sem percepção luminosa.

Conclusão

A síndrome de Foster Kennedy é rara e pode estar associada a glioma cerebral. A sintomatologia associada inclui: anosmia, alteração comportamental, atrofia e palidez do disco óptico com perda progressiva da acuidade visual. O seguimento clínico do paciente é realizado com campimetria, ressonância magnética, tomografia computadorizada e acompanhamento conjunto entre neuroftalmo, neurologista e oncologista.