Sessão de Relato de Caso


Código

RC240

Área Técnica

Visão Subnormal

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Faculdade de Medicina de Jundiaí

Autores

  • ALINE DE CASTRO RODRIGUES (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARIA AMELIA VALLADARES DE MELO (Interesse Comercial: NÃO)
  • RAFAEL MAGDALENO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

MALFORMAÇAO DA VEIA DE GALENO EM PACIENTE COM BAIXA VISAO - RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever caso de baixa visão em uma criança, com 2 anos de idade, diagnosticada com malformação na Veia de Galeno

Relato do Caso

LMFS, feminino, 2 anos e 8 meses apresentou-se no ambulatório de visão subnormal do Instituto Jundiaiense Luiz Braille/ Faculdade de Medicina de Jundiaí com queixa, relatada pela mãe, de que “paciente não enxerga há 1 ano e meio”. Mãe refere toxoplasmose, tratada, durante a gestação, e parto a termo. O desenvolvimento foi normal até os 9 meses de idade, quando a criança parou de sentar, e que se seguiu de múltiplas crises convulsivas. Por esse motivo, foi levada a serviço de urgência onde foi necessária internação e intubação e os exames de imagem (TC, RM e angioTC) diagnosticaram malformação da Veia de Galeno (MAVG). Mantém, desde então, uso de anticonvulsivantes e a criança tem atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. Além disso, foi submetida a 5 embolizações para tratamento das fístulas, associadas a malformação da Veia de Galeno. Ao exame oftalmológico, paciente não reagia a oclusão, nem respondeu ao teste de acuidade visual LEA. Notou-se exotropia, nistagmo pendular de pequena amplitude e alta frequência. À refração estática encontrou-se em olho direito: +2,00 -0,50 x 15º e em olho esquerdo: +1,50 -1,00 x 150º e a fundoscopia mostrou palidez de papila 3+/4+ em ambos os olhos.

Conclusão

A MAVG é rara, representando menos de 1% de todas as malformações vasculares cerebrais congênitas. Subdivide-se em dois tipos: coroidal e mural. A evolução pode ser grave e até fatal. O tratamento por embolização endovascular é o de escolha para MAVG, mas não é isento de riscos, entre eles hemorragia/isquemia cerebral, hidrocefalia, perfuração de vasos e isquemia em MMII. Não são descritas na literatura complicações oculares diretamente relacionadas a embolização, da MAVG, mas a visão pode ser comprometida pelas outras alterações no SNC. Uma vez que, as lesões em SNC levam a graves manifestações clínicas, incluindo comprometimento da visão, é importante realizar diagnóstico e tratamento precoces, pois diminui o risco de complicações.

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