Código
RC119
Área Técnica
Oncologia Ocular
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro
Autores
- AMANDA GOMES E SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
- Anna Melichar (Interesse Comercial: NÃO)
- Pedro Faria Silveira (Interesse Comercial: NÃO)
Título
OSTEOMA DE COROIDE - RELATO DE CASO
Objetivo
Este relato tem como objetivo descrever evolutivamente o caso de um paciente jovem do sexo masculino com diagnóstico de osteoma de coróide associado a membrana neovascular exsudativa com tentativa de terapia intravítrea de anti-VEGF.
Relato do Caso
O osteoma de coróide é um tumor ossificado benigno, raro, com predominância em jovens do sexo feminino sendo 75% dos casos unilaterais. Na fundoscopia apresenta-se como uma lesão amarelo-clara ou alaranjada bem delimitada, de forma variável que pode desenvolver vasos finos e espículas ósseas, estando geralmente localizada justapapilar com extensão para região macular e risco de possível complicação com descolamento neuro-sensorial de retina, hemorragias, membrana neovascular subretiniana e neovascularização de coróide. O diagnóstico baseia-se no exame clínico, angiografia fluoresceínica, ecografia e tomografia de coerência óptica (OCT), não sendo necessário a biópsia. O caso eleito refere-se ao paciente M.P.O. do sexo masculino, 25 anos, natural do Rio de Janeiro com diagnóstico de osteoma de coróide em olho esquerdo há 3 anos. Se iniciou com queixa de baixa acuidade visual neste olho com piora progressiva. Ao exame oftalmológico inicial apresentava acuidade visual com correção de 1,0 em olho direito e 0,8 em olho esquerdo associado a membrana neovascular exsudativa. Optado então pela realização de terapia intravítrea com Aflibercepte em três injeções com intervalo de 30 dias resultando em regressão ao OCT do líquido subfoveal mantendo 0,8 de acuidade visual. Após seis meses de seguimento, o paciente apresentou piora da acuidade visual para 0,4 e aumento do líquido subfoveal.
Conclusão
Por se tratar de um tumor benigno, o foco do seguimento são as suas complicações. Sendo que estas ainda não apresentam um tratamento padrão definido, que varia desde fotocoagulação a laser até ao uso de injeção intravítrea de anti-VEGF. Sendo a fotocoagulação restrita a determinados casos e a resposta ao anti-VEGF limitada nos casos com prognóstico desfavorável se a lesão abranger a fóvea, como evidenciado com o paciente relatado.