Título

CORREÇAO DE ESOTROPIA COM INCOMITANCIA LONGE/PERTO: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso clínico e resolução cirúrgica de uma paciente com esotropia incomitante longe e perto.

Relato do Caso

Paciente de 5 anos, sexo masculino, natural e procedente de São Paulo, deu entrada em nosso serviço referindo esotropia desde os 2 anos de idade. Iniciou o tratamento, desde então, para o estrabismo, com uso de óculos e oclusão. Paciente nega comorbidades e casos de estrabismo na família. Vem ao nosso serviço para avaliação.  Av c/c : 0,5 em AO  Refração estática: + 6,50 - 1,00 x 90° em AO  Biomicroscopia AO: sem alteração  Fundoscopia AO: Sem anormalidades  Fixação binocular: Esotropia - alterna bem  Medidas c/c: Supra ET 20 / PPO ET 20 / ET' 50 / Infra ET 20 Condução do caso: AV para longe: boa estética com correção AV para perto: estética ruim, apresentando desvio convergente com correção Planejamento Cirúrgico em AO: Retrocesso dos músculos retos mediais 3 mm Mioescleropexia retroequatorial (Faden) Resolução do Caso: Medidas c/c: PPO Ortotropia / Ortotropia para perto

Conclusão

A técnica proposta por Cüppers em 1974, chamada de mioescleropexia retroequatorial (fadenoperation), tem a finalidade de reduzir a ação rotadora do músculo reto, gradativamente, à medida que ele se contrai. A vantagem dessa cirurgia é que não altera a posição dos olhos em posição primária do olhar (PPO) e contem indicações precisas do seu uso, como no caso descrito a cima, no qual o paciente apresenta esotropia com grande incomitância longe/perto. Visto que essa técnica cirúrgica não é muito utilizada em nosso meio, esse caso traz um resultado muito satisfatório com a correção cirúrgica proposta em 1974, em casos no qual o paciente apresenta ortotropia para longe e esotropia para perto.