Código
RC222
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto Penido Burnier
Autores
- HEITOR SANTOS NOGUEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- MARCIO AUGUSTO NOGUEIRA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
- MATEUS PIMENTA ARRUDA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
COROIDITE SERPIGINOSA-LIKE POR TUBERCULOSE PRESUMIDA: RELATO DE CASO
Objetivo
A Coroidite Serpiginosa (CS) é uma doença bilateral, crônica, progressiva, caracterizada por uma inflamação da coriocapilar, coroideia e EPR. Essa entidade pode ser dividida em quatro grupos diferentes: Coroidite Serpiginosa Clássica, Coroiditide Serpiginosa Macular, Coroidite Serpiginosa por Tuberculose presumida e Coroidite Ampinginosa. Venha por meio desse relato, apresentar um caso raro onde paciente foi diagnosticado com Coroidite Serpiginosa-like por Tuberculose presumida.
Relato do Caso
R.S.C,41 anos, masculino, solteiro, branco, brasileiro, procurou atendimento oftalmológico referindo baixa acuidade visual em olho direito (OD) há 30 dias. Antecedente pessoal de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Nega antecedentes familiares. Nega internação hospitalar e procedimentos cirúrgicos prévios. Nega uso de medicações contínuas e substâncias ilícitas. Relata baixa visual em OE desde a infância. AV OD: + 5,00 Esférico V = 0,4. AV OE: -20,00 Esférico V= conta dedos à 20cm. Biomicroscopia em ambos os olhos: córnea transparente, conjuntiva clara, íris trófica, fácico, ausência de reação de câmara anterior, ausência de hipópio e hifema. Reflexo pupilar: Sem alterações. PIO: 12mmHg em ambos os olhos. Fundoscopia: OD: vitreíte +1, lesões cinza amareladas ao redor do nervo óptico e se estendendo para área macular, localizadas no EPR. Área de atrofia coriorretiniana em arcada temporal superior. OE: Coroidose miópica com áreas de atrofia difusa do EPR. PPD ou Teste Tuberculínico: 18mm Demais sorologias negativas
Conclusão
A Coroidite serpiginosa like por Tuberculose tem se mostrado, nas últimas décadas, como um importante diagnóstico diferencial da sua forma clássica (CS). Em países endêmicos, como no Brasil, a sua investigação deve ser feita com o máximo de arsenal de exames complementares disponíveis. Em relação ao tratamento, compreender a etiologia do quadro precocemente permite uma melhor escolha terapêutica individualizada em busca do retardo no avanço da inflamação, bem como a prevenção de episódios recorrentes e sua forma de lesão cicatricial.