Código
P43
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal de Pernambuco - (UFPE)
Autores
- MARILIA ROCHA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
- Alexandre Paashaus da Costa Pinto (Interesse Comercial: NÃO)
- Daniel Tenório Camelo Soares (Interesse Comercial: NÃO)
- Gabriel Guerra Cordeiro (Interesse Comercial: NÃO)
- Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira (Interesse Comercial: NÃO)
Título
INFLUENCIA DO METODO DE DILUIÇAO DO C3F8 EM VITRECTOMIAS PARA TRATAMENTO DO BURACO DE MACULA: ENSAIO CLINICO
Objetivo
Comparar duas técnicas de injeção de gás C3F8 na cirurgia do buraco de mácula.
Método
Ensaio clínico aleatorizado parcialmente mascarado. Incluiu 26 indivíduos submetidos à cirurgia de vitrectomia para buraco macular de 2019 a 2020, em Recife, Brasil. Os indivíduos foram divididos aleatoriamente em dois grupos de 13. O grupo 1 foi o de injeção intravítrea de 0.9–1.0 mL de perfluoropropano (C3F8) a 100%, e grupo 2 foi o de injeção de 15–20 mL C3F8 a 20%, a fim de que a concentração intravítrea final ficasse em torno de 12-18% em todos os indivíduos. Realizada avaliação no primeiro dia e na 26a semana de pós-operatório de cada voluntário, sendo avaliados: acuidade visual, tonometria, tomografia de coerência óptica (OCT) e eventos médicos adversos.
Resultado
Foram obtidas as seguintes medianas, intervalos interquartis e variação: duração intraocular do gás de 31 (7; 24–35) dias no grupo 1 e 34 (5; 29–38) dias no grupo 2 (p = .028); ganho de letras na acuidade visual corrigida para longe de 20 (25; 0–25) letras no grupo 1 e 12.5 (35; 0–35) letras no grupo 2 (p = .801); pressão intraocular de 13 (3; 6–24) mmHg no grupo 1 e 12 (5; 9–22) mmHg no grupo 2 (p = .448) no 1o dia pós-operatório e de 16 (3; 12–19) mmHg no grupo 1 e 14 (6; 12–18) mmHg no grupo 2 na 26o semana pós-operatória (p = .418). O sucesso anatômico primário foi 11/13 (84.6%) no grupo 1 e 11/13 (84.6%) no grupo 2 (p = .999). Quanto aos eventos médicos adversos: 2/13 (15.4%) indivíduos do grupo 1 e 1/13 (7.7%) do grupo 2 apresentaram hipertensão ocular (PIO acima de 21mmHg) no primeiro dia pós-operatório (p = .999).
Conclusão
A duração intraocular do C3F8 foi um pouco mais duradoura na forma mais diluída. Entretanto, os desfechos primários de sucesso do tratamento, como ganho na acuidade visual e fechamento do buraco de mácula na OCT não foram estatisticamente significativos entre os grupos, sugerindo o uso do gás não diluído como uma boa opção, visto seu custo 3 vezes menor que a forma diluída.