Código
P32
Área Técnica
Patologia Externa
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre
- Secundaria: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
Autores
- SAMIRA KULLINGER ZELANIS DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
- HELENA CECIN ROHENKOHL (Interesse Comercial: NÃO)
- RAISSA DO CARMO FERREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- DIANE RUSCHEL MARINHO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
AUMENTO NA PREVALENCIA DE HORDEOLO E CALAZIO NO PRONTO ATENDIMENTO DO HOSPITAL BANCO DE OLHOS DURANTE A PANDEMIA DO CORONAVIRUS
Objetivo
Avaliar a prevalência de hordéolo e de calázio no pronto atendimento de convênios e particulares do Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre (HBO POA) nos meses de abril a agosto de 2020 (pandemia COVID-19) em relação ao mesmo período em 2019.
Método
Foi analisado o número total de pacientes atendidos e o número de pacientes que receberam o diagnóstico de hordéolo e de calázio no pronto atendimento de convênios e particulares do HBO POA nos períodos de abril a agosto de 2019 e 2020 através do teste do qui-quadrado.
Resultado
Houve uma redução de 54,03% nos atendimentos no ano de 2020 (n=8.797) em comparação ao ano de 2019 (n=19.137). Em todos os meses analisados no ano de 2020 a prevalência de hordéolo e de calázio foi maior, sendo estatisticamente significativa nos meses de junho (11,74% em 2019 vs 18,83% em 2020; p<0,05), julho (11,34% em 2019 vs 16,69% em 2020; p<0,05) e agosto (10,37% em 2019 vs 14,86% em 2020, p<0,05). A diferença da média percentual de atendimentos por hordéolo e calázio foi estatisticamente significativa entre os dois anos (12,19% em 2019 vs 15,97% em 2020; p<0,05).
Conclusão
Houve aumento na prevalência de hordéolo e calázio e uma redução de mais de 50% no número de atendimentos em 2020, possivelmente devido ao isolamento social e ao medo de exposição ao novo coronavírus. Esta queda pode ter selecionado casos mais graves e subestimado os resultados encontrados neste estudo. Além disso, as medidas para controle da pandemia, como o uso de máscaras, e os novos hábitos durante esse período, como o excesso de tempo em frente a telas de eletrônicos, podem estar relacionados ao aumento da prevalência de hordéolo e calázio. Estudos futuros podem elucidar a fisiopatologia e oferecer um melhor tratamento e orientação aos pacientes.