Sessão de Relato de Caso


Código

RC212

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Fundação Hilton Rocha

Autores

  • CLAUDIA ANTUNES MAGALHAES (Interesse Comercial: NÃO)
  • LARISSA SOARES BIANCHI (Interesse Comercial: NÃO)
  • VIVIANE LOPES PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

Neurorretinite por bartonelose: desafio diagnóstico no âmbito SUS

Objetivo

Apresentar caso de neurorretinite por bartonelose em paciente feminina atendida via SUS. Diagnóstico realizado com parte do custo bancado através de cooperação entre médicos e outra parte pela própria paciente.

Relato do Caso

MFM, 19 anos, de Guidoval-MG , queixa de embaçamento visual há 30 dias. Atendida via SUS na urgência. Anamnese sem antecedentes patológicos e relata convivência com gato doméstico. Negava febre e gânglios palpáveis. AV 1 e 0,8 parcial (relato de discromatopsia). Biomicroscopia e reflexos pupilares sem alterações. PIO 12 e 14 mmHg. FO de OE com bordas da papila mal definidas e alteração do feixe papilomacular, com lesão exsudativa temporal inferior ao DO. Na ocasião devido à dificuldade financeira na realização de exames e de acesso ao serviço iniciou-se Doxiciclina 100 mg 2 vezes ao dia e prednisona oral na dose de 40mg dia em esquema de desmame. Após 8 dias apresentava melhora da papilite e persistia com a estrela macular. Fora do âmbito do SUS foi realizado campimetria com uma perda difusa da sensibilidade e aumento da área da mancha cega em OE. Angiofluoresceinografia apresentou hiperfluorescência precoce e edema macular na fase tardia do exame. OCT com DVP, MER e área de fibrose em região de DO. Solicitado propedêutica complementar com raio-x de tórax e TC. Em seguida solicitou-se RNM de órbita e crânio sem alterações. Sorologias para HIV, sífilis (VDRL e FTA-ABS) e toxoplasmose negativas. Hemograma, PCR, FAN, HLAB27, BAAR (3 amostras), PPD negativos. VHS aumentado, e após 7 semanas apresentou sorologia para Bartonella henselae positiva. Evoluiu com resolução do processo exsudativo e permanência de lesão esbranquiçada sobre o disco óptico (MER) além de melhora parcial da estrela macular com AV final 0,5 (OE).

Conclusão

Em casos de neurorretinite o diagnóstico diferencial é amplo e o caso só se define após exclusão de causas mais prevalentes de acometimento ocular, tornando importante a realização de exames complementares.

Promotor

Realização - CBO

Organização

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63º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

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