Sessão de Relato de Caso


Código

RC073

Área Técnica

Geral

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: ALLUME OFTALMOLOGIA
  • Secundaria: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

Autores

  • BARBARA LAYS BEDIN (Interesse Comercial: NÃO)
  • ALBERTO SOARES MADEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • NATALIA TORRES GIACOMIN (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PARASITOSE OCULAR EM PACIENTE NO INTERIOR DO MARANHAO: UM RELATO DE CASO

Objetivo

O objetivo deste trabalho é relatar um caso de paciente com a presença de uma infecção parasitária de moscas dípteras na região ocular, conhecida como miíase.

Relato do Caso

JSN, 27 anos, sexo masculino, procedente de Amarante do Maranhão – MA, morador de zona rural. Procurou serviço oftalmológico no dia 05/03/2019 em Imperatriz - MA queixando-se de ardência e lacrimejamento em olho esquerdo há 3 dias, além de ruídos e crepitações em região ocular esquerda, principalmente durante a noite. Ao realizar o exame oftalmológico, apresentou acuidade visual 20/20 sem correção em ambos os olhos, córnea íntegra, câmara anterior formada, sem reação de câmara anterior, fácico em ambos os olhos. Ao ocluir os olhos, percebeu-se a saída da larva da miíase da região caruncular do olho esquerdo. Foi realizada a remoção mecânica do parasita no centro cirúrgico, aplicando lidocaína (Xylocaína ®) gel no local da lesão, desse modo a larva excisou-se completamente pela região caruncular. Após o procedimento, o oftalmologista prescreveu colírio moxifloxacino 0,5% e fosfato de dexametasona 0,1%. O paciente evoluiu com melhora dos sintomas e segue em acompanhamento de rotina.

Conclusão

Miíase é uma contaminação proveniente de larvas dípteras (moscas) que completam o ciclo ou seu desenvolvimento parcial dentro de órgãos e tecidos do hospedeiro, alimentando-se de tecidos vivos ou mortos do local. É comum em moradores de áreas rurais, como o paciente do caso, e ocorre em diversas regiões mundiais. A larva pode se infestar por toda a órbita, dificultando a sua remoção, que pode ser feita de forma mecânica ou cirúrgica. Nos estágios iniciais da parasitose, a remoção mecânica com uso de lidocaína é eficaz, como no caso descrito. Já em casos que necessitam cirurgia prescreve-se primeiramente antiparasitários (ivermectina), para amenizar a dimensão da cirurgia de excisão da larva.

Promotor

Realização - CBO

Organização

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63º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

4 a 7 de setembro de 2019 | Windsor Convention & Expo Center Barra da Tijuca | Rio de Janeiro | RJ | Brasil

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