Código
RC202
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto CEMA de Oftalmologia e Otorrinolaringologia
Autores
- JOSE ANTONIO MACEDO ORBEZO (Interesse Comercial: NÃO)
- GRECIA MARIELLA CANO HUACHIN (Interesse Comercial: NÃO)
- JOSE CARLOS EUDES CARANI (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MACROCISTO INTRARRETINIANO HEMORRAGICO SIMULANDO MELANOMA DE COROIDE
Objetivo
Mostrar um caso de um macrocisto intrarretiniano hematico que foi equivocadamente diagnosticado como melanoma com encaminhamento ao nosso serviço para enucleação.
Relato do Caso
Paciente feminino de 33 anos, com queixa de baixa acuidade visual progressiva indolor de olho direito (OD) ha 3 anos . Nega antecedentes de importância. Ao exame, acuidade visual foi de movimentos de mãos em OD e 20/20 de OE (-1,00 DE) . O exame de biomicroscopia e a pressão intraocular normal em ambos os olhos. Em OD apresentava defeito aferente relativo. Na oftalmoscopia indireta, lesão sobrelevada subretiniana pigmentada de forma oval, de 6 diâmetros papilares, dialise periférica temporal superior e linhas de demarcação superior e nasal a papila. O exame de ultrassonografia modo A, se observa um pico inicial e um pico final de alta refletividade, no seu interior se observa picos de baixa refletividade com uma tendencia de elevação progressiva junto a parede posterior da lesão. Em modo B se observa imagem ovalada junto a parede posterior temporal inferior, com paredes lisas, interior com ecos puntiformes homogêneos de baixo brilho. Adjacente a lesão, ecos membranaceos brilhantes afastados da parede ocular.
Conclusão
Em nosso caso, o macrocisto hemorrágico foi equivocadamente diagnosticado como melanoma de coróide pelo aspecto pigmentada da lesão, porem na ultrassonografia modo A que mostrou uma imagem completamente oposta de melanoma, que mostrou a parede anterior e posterior do cisto representados por picos de alta refletividade e no seu interior picos de baixa refletividade com tendencia de elevação progressiva que simula uma imagem invertida de um melanoma. Após 6 meses da cirurgia de vitrectomia via pars plana associado a drenagem do liquido subretiniano, sem drenagem do cisto, e fotocoagulação 360 graus, a evolução mostrou reabsorção completa do cisto e recuperação anatômica das camadas da retina, porem, sem melhora funcional mantendo acuidade visual de movimentos de mãos.
ANVISA: 25352012367201880