Código
RC117
Área Técnica
Neuroftalmologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: COC - Centro Oftalmológico de Cáceres
Autores
- LARISSA PEREIRA CABRAL CORREA (Interesse Comercial: NÃO)
- Andre Luis Borba da silva (Interesse Comercial: NÃO)
- Odenilson José da Silva (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PARALISIA DO RETO MEDIAL APOS OTITE MEDIA E MASTOIDITE SEM APICITE PETROSA: RELATO DE CASO
Objetivo
As causas da paralisia do sexto par craniano são semelhantes em crianças e adultos e são resultantes de danos diretos nas vias nervosas abducentes. A apicite petrosa é uma complicação da otite média caracterizada pela obstrução da drenagem e formação de abcessos. Essas complicações intracranianas causadas pela mastoidite continuam sendo complicações graves e necessitam de acompanhamento rigoroso. Será relatado um caso incomum de uma criança previamente saudável que desenvolveu complicações do sistema nervoso central por complicação da otite média sem apicite petrosa
Relato do Caso
Criança, sexo feminino, 7 anos de idade , deu entrada na emergência com febre e inapetência, relata otalgia com início há 6 dias. Ao exame físico apresentou drenagem purulenta em ouvido direito. A TC de crânio revelou mastoidite direita totalmente obliterada por material denso e a RNM de crânio revelou abcesso cerebral a direita. Ficou na UTI-pediátrica por 30 dias e, após a leve melhora da condição séptica, a paciente apresentou paralisia do nervo abducente, com limitação de abdução no olho direito e diplopia, sem outras alterações. Três meses após, ela havia se recuperado totalmente da limitação de movimento ocular e postura anômala da cabeça
Conclusão
A paralisia do nervo abducente complicada por otite média sem apicite petrosa é muito rara. Em nosso paciente, a paralisia foi acompanhada por mastoidite e sepse complicada por otite média, mas não havia evidência de apicite petrosa responsável pela paralisia do nervo abducente ipsilateral. A síndrome de Gradenigo, no presente paciente, foi excluída. A recuperação espontânea dentro 6 meses é comum, embora a taxa de recuperação varie de acorda com a etiologia. Descrevemos aqui uma criança de 07 anos de idade com um rara caso de paralisia do nervo abducente complicado devido a mastoidite sem apicite petrosa
ANVISA: 25352012367201880