Código
RC185
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
Autores
- ANA FLAVIA DIAS MEDEIROS (Interesse Comercial: NÃO)
- GABRIELLA FARIA LOPES (Interesse Comercial: NÃO)
- DANIELLE LEAL CHAVES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
COROIDITE SERPIGINOSA-LIKE PRESUMIDAMENTE TUBERCULOSA: RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever um caso de Coroidite Serpiginosa-Like presumidamente tuberculosa em paciente atendida no serviço de urgência da Santa Casa-BH
Relato do Caso
NAR, sexo feminino, 46 anos, compareceu a urgência da Santa Casa BH com queixa de baixa acuidade visual bilateral há 1 ano. Relatava seguimento regular com oftalmologista de outro serviço com diagnostico inicial de toxoplasmose, optado por realizar tratamento com Bactrim F e predinisona oral. Nega melhora dos sintomas. Portadora de HAS e diabetes mellitus em uso de Telmisartana 40mg e Metformina 500mg. Afirma também contato com tuberculose em 2016. Ao exame apresentava acuidade visual 20/40 em olho direito (OD) e 20/50 em olho esquerdo (OE). Biomicroscopia de seguimento anterior sem alterações. Fundoscopia de OD apresentava lesão de coriorretinite com mobilização de pigmento peridiscal e macular sem sinais de atividade e OE com cicatriz atrófica foveal. A angiografia fluoresceínica evidenciou hipofluorescência central e hiperfluorescência progressiva das margens das lesões peridiscal e macular. Sorologias para toxoplasmose, HIV, Hepatites, varicela, HTLV e sífilis negativas. Raio X de tórax sem alterações. Induração pelo teste tuberculínico (TT) de 20mm. Optado por iniciar tratamento especifico para tuberculose com isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol durante seis meses. Após seis meses apresentou melhora gradativa do quadro com acuidade visual de 20/30 em OD e 20/40 em OE.
Conclusão
O diagnóstico presumido de coroidite serpiginosa-like pós infecção tuberculosa foi estabelecido devido ao resultado positivo do TT, a clínica compatível e a melhora após instalação da TAB. Além disso, a exclusão de outras etiologias que cursam com o quadro clinico relatado fortalecem a hipótese diagnostica. O tratamento da CSL é feito com terapêutica antituberculosa e a utilização de corticoterapia e/ou imunossupressores concomitante a TAB permanece controversa. O conhecimento das lesões de CSL é de extrema importância para realização do seu diagnóstico precoce, bem como para seu tratamento adequado.
ANVISA: 25352012367201880