Título

CALCULO DA LENTE INTRAOCULAR EM PACIENTE SEM CERATOMETRIA COM CATARATA HIPERMADURA

Objetivo

RELATAR CASO DE UMA PACIENTE APRESENTANDO CATARATA HIPERMADURA ASSOCIADA A DÉFICIT COGNITIVO IMPORTANTE, NÃO COOPERATIVA AOS EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS, ONDE O CALCULO DA LENTE INTRAOCULAR(LIO) FOI BASEADO NA CERATOMETRIA MÉDIA POPULACIONAL.

Relato do Caso

Paciente, feminino, 63 anos, com baixa visual acentuada, e déficit cognitivo importante, necessitando de auxílio de familiares para necessidades básicas diárias, inclusive na alimentação e deambulação. Ao exame: Acuidade Visual: percepção luminosa, não confiável. Biomicroscopia: catarata branca em olho direito e catarata rubra em olho esquerdo. Pressão intraocular AO: 18mmHg. Fundoscopia: Impossibilitado USG-ocular AO: sem alterações. Microscopia especular OD: 2270cel/mm3. A ceratometria(K) não foi possível devido à baixa colaboração, estreita fenda palpebral e impossibilidade de exame sob narcose. Determinamos o K baseados em Hoffer publicado em 1980, que estima a ceratometria média da população em 43,81D com desvio padrão de 1,6D. Biometria de contato: comprimento axial: 21.69mm. Lente intraocular escolhida: 27D Facoemulsificação sem intercorrências c/ CDE de 21.43, A paciente retornou no 1o pós operatório(PO) sem auxílio de acompanhantes para deambular. Ao 30o PO, na esquiascopia foi verificado remanescente esférico de -1D,

Conclusão

Diante de casos semelhantes ao relatado, onde a ceratometria não é possível e/ou confiável, o uso da ceratometria média populacional é uma alternativa viável. Destaca-se, ainda, a importância da utilização de aparelhos modernos e efetivos que colaboram na realização de facoemulsificação nesse tipo de paciente, evitando facectomia extracapsular.