Sessão de Relato de Caso


Código

RC159

Área Técnica

Oncologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Instituto Penido Burnier

Autores

  • TIAGO ALMEIDA DE CARVALHO (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARCIO NOGUEIRA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

TRATAMENTO CIRURGICO EM CARCINOMA ESPINOCELULAR EXTERNO DE CONJUNTIVA

Objetivo

OBJETIVO: Relatar um caso de carcinoma espinocelular de conjuntiva, de rápida evolução.

Relato do Caso

Paciente, JP, sexo masculino, 88 anos, com indicação de tratamento cirúrgico para catarata. Apresentou-se ao serviço no dia 23/08/2019, após três meses da última consulta, para o pré operatório da cirurgia agendada. No eame foi observada uma nova lesão vegetante de superfície, rugosa, esbranquiçada e vascularizada em conjuntiva superior , com invasão corneana, não observada no exame anterior. Apresentava baixa da acuidade visual , negando outros sintomas. AO EXAME: olho claro, lesão vegetante elevada com rica vascularização em conjuntiva superior, invadindo a córnea e eixo visual , catarata nulcear 3. Feita a hipótese diagnóstica de Carcinoma Espinocelular de conjuntiva, optou-se por realizar biópsia excisional da lesão com margem de 1cm, crioterapia das bordas conjuntivais e recobrimento da área cruenta com membrana amniotica. Com o resultado do estudo anatomopatológico, evidenciando papiloma escamoso de baixo grau

Conclusão

O carcinoma espinocelular é o tumor maligno mais comum da conjuntiva ocular, sendo de origem multifatorial, como exposição crônica a radiação ultravioleta, idade avançada, infecções virais como papilomavírus humano e vírus do HIV. O diagnóstico é feito através do estudo anatomopatológico da lesão.O diagnóstico precoce é imprescindível para a boa evolução do quadro, podendo evoluir para invasão escleral e orbitária e mais raramente para metástases à distância se não tratado a tempo. A terapia de escolha é a excisão cirúrgica completa do tumor, podendo ser complementada com crioterapia, radiação e antimetabólicos, se necessário. As recidivas, mais comuns nos casos de ressecção incompleta do tumor, podem ser observadas nos primeiros seis meses a dois anos de pós-operatório. No caso relatado, mesmo sendo diagnosticado ao acaso, o tratamento precoce foi importante, pois se tratando de um quadro de evolução rápida, poderia evoluir para a disseminação do tumor. O acompanhamento ambulatorial do paciente será rigoroso, para evitar recidivas.

Promotor

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