Código
RC036
Área Técnica
Doenças Sistêmicas
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
Autores
- PAULA LEMOS CARNEIRO TRINDADE (Interesse Comercial: NÃO)
- RAQUEL MOREIRA BARRA (Interesse Comercial: NÃO)
- ANA LUIZA TOLENTINO BERNARDES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ESPOROTRICOSE CAUSANDO SINDROME OCULOGLANDULAR DE PARINAUD
Objetivo
Relatar caso de paciente com esporotricose atípica, associada a dacriocistite, atendida pelo serviço de urgência da Santa Casa de BH (SCBH).
Relato do Caso
Paciente M.A.S., foi atendida pela primeira vez em dezembro de 2018, na urgência da SCBH queixando dor e edema em região de topografia do canal lacrimal à direita, além de hiperemia e prurido ocular. Relata diagnostico prévio de conjuntivite e dacriocistite, já há um mês em tratamento com antibioticoterapia oral e tópica, havendo falha terapêutica até então. Paciente nega comorbidades sistêmicas e oculares ou demais queixas. Relata contato íntimo com gatos. Ao exame apresenta acuidade visual de 20/20 em ambos os olhos; BIO: olho direito hiperemiado, câmara anterior formada sem reações, flúor negativo. Presença de pequenos nódulos hiperemiados em conjuntiva tarsal inferior. Olho esquerdo sem alterações ao exame. Dacriocistite com drenagem de secreção purulenta e lesão endurada em pálpebra superior do olho direito. Fundoscopia sem alterações em ambos olhos; Em ectoscopia foi constatada a presença de linfonodos em região submandibular, dolorosos a palpação, à direita; Realizada biópsia da lesão e swab de secreção tarsal, sendo encontrado Sporothrix sp; Após conclusão do diagnóstico de esporotricose foi iniciado Itraconazol 200mg/dia, por 3 meses, havendo resolução do caso clínico.
Conclusão
A esporotricose é uma doença de tratamento eficiente se identificada prontamente e deve ser sempre considerada como diagnóstico diferencial da Síndrome Oculoglandular de Parinaud.
ANVISA: 25352012367201880