Sessão de Relato de Caso


Código

RC146

Área Técnica

Oftalmopediatria

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: SOL - SERVIÇOS DE OFTALMOLOGIA LTDA

Autores

  • WILLIAN DOMINGUES DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
  • ALESSANDRA YUKARI YAMAGISHI (Interesse Comercial: NÃO)
  • NURYA RACHED MOHAMOUD ALI (Interesse Comercial: NÃO)

Título

SUCESSO TERAPEUTICO EM PACIENTE PEDIATRICO COM DIAGNOSTICO DE TOXOPLASMOSE OCULAR ASSOCIADO A ACOMETIMENTO MACULAR BILATERAL

Objetivo

Relatar caso de paciente pediátrico com excelente evolução após intervenção terapêutica para toxoplasmose ocular associado a acometimento macular em ambos os olhos (AO)

Relato do Caso

LRNR, 9 anos, feminino, com história de baixa acuidade visual em ambos os olhos (AO), sendo pior em olho esquerdo (OE) há 3 meses. História pessoal e familiar irrelevantes. Ao exame apresenta acuidade visual (AV) corrigida de 0,5 em OD e <0,05 em OE; Tonometria 17/13 mmHg; Biomicroscopia de segmento anterior em OE mostrou precipitados ceráticos “mutton fat” em terço inferior, infiltrados subepiteliais superior, sinéquia posterior, corectopia e reação de câmara anterior. À Fundoscopia e Retinografia era evidente cicatriz coriorretiniana perimacular e nasal em OD e sinais de vitreíte importante, sombreamento anterior ao disco óptico e lesão circunferencial de retinite em região nasal em atividade em OE. Pela Ultrassonografia ocular mostrou-se impregnação inflamatória de hialoide posterior e sinais vitreíte em OE. Devido a história clínica e achados complementares foi diagnosticado uveíte secundária a toxoplasmose. Iniciou-se tratamento via oral com Sulfametoxazol e trimetoprima, prednisona com redução gradual conforme evolução clínica, e colírios como tropicamida 10 mg/ml, prednisona 1,0% e maleato de timolol 0,5%. Após 30 dias de tratamento, permaneceram pigmentos de íris em endotélio e cápsula anterior do cristalino, sinéquia posterior, porém evoluiu com melhora da vitreíte, floater vítreo, lesão macular com dobras na membrana limitante interna e membrana epirretiniana e cicatrizes dispersas temporal inferior e nasal em OE. A AV evoluiu com melhora importante de 0,80 em AO.

Conclusão

A toxoplasmose ocular é responsável como causa mais comum de uveite posterior, podendo afetar desde crianças, com infecção congênita, até adultos com infecções adquiridas. Nos casos atípicos, com lesões maculares e acometimento bilateral, o diagnóstico e tratamento precoce podem minimizar de forma significativa a perda visual, eliminando o parasita e reduzindo os processos inflamatórios.

Promotor

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