Sessão de Relato de Caso


Código

RC262

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Universitário Professor Edgard Santos

Autores

  • VANESSA KLEIN PASSOS (Interesse Comercial: NÃO)
  • GILNYANNE SILVA MEDEIROS (Interesse Comercial: NÃO)
  • PHILIPPE COSTA CARVALHO (Interesse Comercial: NÃO)

Título

ENDOFTALMITE ENDÓGENA BILATERAL SECUNDÁRIA À MENINGITE PNEUMOCÓCICA EM PACIENTE COM ANEMIA FALCIFORME

Objetivo

Relatar o caso de um adolescente portador de anemia falciforme, internado por meningite, com quadro ocular infeccioso grave bilateral.

Relato do Caso

Paciente masculino, 18 anos, portador de anemia falciforme (HbSS), internado no setor de Infectologia do HUPES, com suspeita de meningite, confirmada após líquor positivo para Streptococcus pneumoniae. Evoluiu com secreção purulenta em olho esquerdo (OE), sendo solicitada avaliação oftalmológica. Em exame inicial, paciente pouco colaborativo, acuidade visual (AV) de conta dedos em olho direito (OD) e sem percepção luminosa em OE; OD apresentando reação de câmara anterior, flare intenso, e, ao mapeamento de retina, meios turvos com área de necrose retiniana; hiperemia conjuntival e necrose corneana com exposição uveal em OE. Levantada suspeita de endoftalmite bilateral, realizado ultrassom ocular sugestivo de processo inflamatório, mantida antibiótico terapia venosa (Cefepime), realizada cultura vítrea (negativa) e injeção intravítrea de antibióticos (Vancomicina e Ceftazidima) em OD e programada evisceração cirúrgica de OE (após melhora sistêmica). Após 3 dias, paciente informou melhora gradual da turvação visual de OD. Evoluiu com fibrose e evisceração espontânea de OE. Em consulta de seguimento, 5 meses após, apresentava AV em OD de 20/30, sem sinais de endoftalmite, apenas com lesão fibrótica em setor de retina nasal e exsudatos duros periféricos.

Conclusão

A endoftalmite endógena representa apenas 2 a 8% das endoftalmites. Mais comum em pacientes imunodeprimidos, septicêmicos ou com doenças crônicas. Os estreptococos são comuns e, em maioria, sensíveis a vancomicina. Cultura vítrea contribui para o diagnóstico, mas não possui boa sensibilidade. O tratamento inclui antibiótico sistêmico e intra-vítreo; em casos mais graves, vitrectomia. O prognóstico costuma ser bastante reservado.

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