Código
RC128
Área Técnica
Oculoplástica
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal Fluminense (UFF)
Autores
- ERIKA MARQUES DEMORI (Interesse Comercial: NÃO)
- Gabriel Conde Motta (Interesse Comercial: NÃO)
Título
EDEMA TARDIO INTERMITENTE E PERSISTENTE (ETIP) APÓS PREENCHIMENTO FACIAL COM ÁCIDO HIALURÔNICO
Objetivo
O objetivo dos autores é destacar e caracterizar uma complicação tardia do preenchimento facial com ácido hialurônico (AH).
Relato do Caso
Paciente do sexo feminino, 53 anos, com queixa há 1 dia de edema em região palpebral inferior esquerda. No momento está no quarto dia de uso de cefalexina por via oral devido quadro de abscesso em região glútea. Associado ao antibiótico foi feito aplicação de betametasona via intramuscular com melhora evolutiva do quadro. Em história pregressa, refere episódio semelhante há 9 meses com melhora ao usar medicação tópica, pomada de betametasona + Hialuronidase. Refere ainda ter feito procedimento de preenchimento facial com ácido hialurônico há aproximadamente 1 ano e 2 meses sem intercorrências e com bom resultado estético.
Conclusão
A correção estética da face vem crescendo nos últimos anos, dentre as substancias utilizadas o AH é uma das principais. O ETIP é uma manifestação tardia que pode ocorrer após preenchimento facial com AH, de início tardio, mas podendo ocorrer de semanas até anos após a aplicação. Caracteriza-se clinicamente por ser um edema difuso não depressível, localizado ao redor da área de aplicação da substância, de duração transitória e intermitente, que persiste enquanto houver presença de AH no tecido. O quadro se apresenta muitas vezes com caráter intermitente, principalmente por estar relacionado a gatilhos como fatores desencadeantes do processo, dentre eles o principal é a presença de quadro infeccioso local ou sistêmico, procedimentos dentários, trauma e vacinação. O exame de ultrassonografia da pele tem sido um dos principais exames para avaliação diagnóstica dos casos de ETIP, através do exame é possível observar a presença do material injetado associado ao aumento difuso da espessura e da ecogenicidade do tecido celular subcutâneo adjacente. O tratamento do ETIP ainda não foi estabelecido. Muitos autores preconizam o uso de antibióticos, anti-inflamatórios não hormonais, corticoides tópicos e sistêmicos e injeção intralesional de hialuronidase.
ANVISA: 25352012367201880