Código
RC249
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Centro de Estudos e Pesquisa Oculistas Associados (CEPOA)
Autores
- RAFAEL CERQUEIRA ALVES (Interesse Comercial: NÃO)
- Davi Gomes Anjos (Interesse Comercial: NÃO)
- José Simão Calixto (Interesse Comercial: NÃO)
Título
VITRECTOMIA COMO TRATAMENTO DA ENDOFTALMITE POS-CIRURGIA DE CATARATA COM ROTURA DE CAPSULA POSTERIOR
Objetivo
Relatar que o pronto diagnóstico, com realização de vitrectomia conjugada ao uso da vancomicina, ceftazidime e dexametasona intravítreo resultou em uma melhora visual em paciente com endoftalmite e extensa vasculite com hemorragias intrarretinianas vizualizadas no peri-operatório. Evoluiu com membrana epirretiniana e sendo realizada a membranectomia com peeling da limitante interna. Segue em acompanhamento com acuidade visual de 20/40.
Relato do Caso
JMFM, masculino, 67 anos, aposentado, veio encaminhado para realização de cirurgia de catarata no olho esquerdo. Apresentava acuidade visual de 20/20 no olho direito e 20/40 no olho esquerdo. Pseudofácico no olho direito e com catarata nuclear 2+/4+ no olho esquerdo. Fundoscopia apresentava drusas moles maculares em ambos os olhos. Foi submetido à facoemulsificação no olho esquerdo com rotura da capsula posterior, porém sem luxação de córtex ou núcleo para a cavidade vítrea e implante da lente intraocular de 3 peças no sulco ciliar. No D1 pós operatório apresentava Tyndall 2+/4+, ausência de edema corneano e PIO 10mmHg. Paciente retorna no D3 após com queixa de BAV após acordar no D2 sem enxergar. Apresentava hipópio de 1mm, membrana inflamatória pupilar, tyndall 4+/4+ e flare 4+/4+. Não apresentava dor, porém mantinha visão de movimentos de mão, com fundoscopia impraticável. Foi realizada vitrectomia na mesma manhã com injeção intravítrea de vancomicina 1g, ceftazidime 2g e dexametasona 0.4mg e sub-tenon de triancinolona 0.2mL. Após acompanhamento diário até o 5 dia pós operatório e revisões a cada 3 dias, com 35 dias apresentava visão com correção de 20/40 e potencial visual de 20/30. Desenvolveu membrana epirretiniana 3 meses após a vitectomia, foi programada nova vitrectomia, sendo realizada 1 mês após, com membranectomia e peeling da limitante interna, mantendo a visão com correão de 20/40 (-1).
Conclusão
O rápido diagnóstico e tratamento cirúrgico possibilitou uma melhora visual, mesmo com o prognóstico ruim da endoftalmite e da demora de 1 dia do paciente em procurar o antendimento.
ANVISA: 25352012367201880