Sessão de Relato de Caso


Código

RC140

Área Técnica

Oftalmopediatria

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal de Pernambuco - (UFPE)

Autores

  • GIOVANNA QUINTELLA JUCA DUARTE OITICICA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Diego Florêncio Mahon (Interesse Comercial: NÃO)
  • Cândido Nobre dos Santos Filho (Interesse Comercial: NÃO)

Título

MEMBRANA PUPILAR FIBROVASCULAR CONGENITA: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de paciente com persistência de membrana pupilar em ambos os olhos

Relato do Caso

Paciente feminina, 6 anos, admitida com queixa de baixa visual em ambos os olhos (AO) e cefaleia frontal recorrente. Ao exame: acuidade visual 0,1 AO sem correção e retinoscopia impraticável. Presença de cristalino translúcido e membrana pupilar fibrovascular com sinéquias posteriores AO, pior em olho esquerdo (OE). Fundoscopia e ecografia sem alterações. Realizada pupiloplastia com membranectomia em AO. Após cirurgia, foi diagnosticada ambliopia em OE, corrigida através de terapia antissupresiva com oclusão e lentes corretivas. Após dois meses, paciente apresentou acuidade visual 1,0 AO.

Conclusão

A persistência da membrana pupilar é uma anomalia congênita que resulta da reabsorção incompleta das arcadas vasculares fetais com a persistência de um tecido mesodérmico. A fixação da íris na membrana está localizada na superfície anterior do colarete, no nível do mesoderma anterior superficial. A membrana desaparece no sexto mês de gestação. Membranas que persistem após um ano são menos propensas a regredir espontaneamente, aumentando o risco de ambliopia por privação. Pequenas membranas podem ser manejadas de forma conservadora. Um regime de midriático, correção refrativa e correção para ambliopia têm sido empregados com sucesso em alguns casos. A fotodisrupção com Yag laser pode evoluir com hifema devido presença de vasos sanguíneos nessas membranas, além do risco de formação de catarata e dispersão de pigmento. O tratamento é cirúrgico em caso de repercussão na visão ou catarata associada. A cirurgia consiste na excisão da membrana pupilar com Vannas ou tesoura vítrea e idealmente é realizada nas primeiras semanas ou meses de vida.

Promotor

Realização - CBO

Organização

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63º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

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