Título

TUMOR METASTATICO UVEAL SECUNDARIO A MELANOMA DE PELE

Objetivo

Relatar um caso de tumor metastático uveal secundário a melanoma cutâneo recidivado.

Relato do Caso

C.A.L. 62 anos, masculino, em tratamento de retinopatia diabética comparece referindo dor retrorbitária em olho direito. Referia tratamento prévio de melanoma de pele. Ao exame oftalmológico apresentava, acuidade visual com melhor correção 20/50 em olho direito e 20/30 em olho esquerdo, pseudofácico, pressão intraocular de 12 mmHg em ambos os olhos. Ao exame fundoscópico em olho direito marcas de panfotocoagulação, microaneurismas e microhemorragias esparsas com uma massa sólida pigmentada e elevada temporal inferior (imagem 1). A retinografia fluoresceínica corroborava os achados fundoscópicos (imagens 2 e 3) e a ultrassonografia modo A e B demonstrava lesão elevada, hiperecogênica, sem sombra acústica (imagens 4 e 5). Encaminhado paciente para oncologista que realizou ressonância magnética de crânio evidenciando múltiplas lesões nodulares captantes de contraste em ambos os hemisférios cerebrais, cerebelo e tronco encefálico indicativas de implantes secundários e duas áreas sólidas de configuração lentiforme captantes de contraste no interior do globo ocular direito sendo prováveis implantes tumorais, iníciou de tratamento com imunoterapia sendo realizadas quatro sessões com Nivolumabe e Ipilimumabe tendo boa resposta clínica e regressão de lesões metastáticas não sendo mais visualizada lesão intraocular.

Conclusão

Os tumores metastáticos uveais, atualmente, são mais frequentes do que os tumores primários de coroide, porém sabe-se que 25% dos pacientes em que são identificadas lesões metastáticas não apresentam histórico de câncer prévio, sendo assim a necessidade de um exame oftalmológico detalhado e o conhecimento das manifestações clínicas da doença metastática ocular são fundamentais.