Sessão de Relato de Caso


Código

RC259

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: UERJ

Autores

  • MANOELLA DA CUNHA GOMES PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Thais Madeira de Albuquerque Marques da Silva (Interesse Comercial: NÃO)
  • Laura G N Melo (Interesse Comercial: NÃO)

Título

COROIDITE SERPIGINOSA LIKE POR TUBERCULOSE: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de tuberculose ocular com apresentação de coroidite serpiginosa-like.

Relato do Caso

A.L.S., masculino, 55 anos. Refere piora da acuidade visual bilateral, há 6 meses. Realizou extensa investigação diagnóstica em outro serviço. Em uso de prednisona 60mg. Sorologias para toxoplasmose, sífilis, HIV negativos, PPD fraco reator, Raio X de tórax: nódulo cálcico residual na base pulmonar direita. IGRA reagente. Ao exame: AV s/c OD CD 1m, OE CD 3m, sem melhora com refração. Bio AO: fácicos, reação de câmara +/4+. PIO 12 mmHg AO FO: AO: lesões de coloração branco-amareladas, subretinianas, em região peripapilar, acometendo polo posterior e arcadas vasculares. Angiografia Fluoresceinica: Lesão de coriorretinite multifocal, hipofluorescente no começo, tardiamente hiperfluorescente iniciando pela borda da lesão e com efeito pooling dentro do espaço retiniano.

Conclusão

Tuberculose é um doença multissistêmica, causada pelo Mycobacterium tuberculosis , afeta diversos órgãos. A forma ocular pode afetar qualquer parte do olho, ser unilateral ou bilateral e começar meses ou anos em um antes do outro. A uveíte posterior é a apresentação mais comum, com lesões predominantemente na coroide, como a coroidite do caso. O diagnóstico é difícil devido ao amplo espectro de apresentações e é impraticável fazer biópsia da úvea para cultura e histopatológico direto, sendo a maioria diagnóstico presumível. Os testes IGRA têm demonstrado ser excelentes ferramentas para o auxílio da tuberculose latente. O tratamento é realizado em conjunto com pneumologista com o esquema RIPE (isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol) nos primeiros 2 meses, seguido de RI nas próximas 4-7 semanas. O uso de esteroides orais é controverso. Isolado mostraram piora ou recorrência da inflamação, mas com o RIPE, controla a reação inflamatória coexistente e reduz o edema macular. No caso apresentado, foi inciado o esquema RIPE por 2 meses e 7 meses de RI e mantido corticoide na dose de 60mg/dia. Paciente apresentou melhora após início do tratamento e manutenção do corticoide oral.

Promotor

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