Código
RC094
Área Técnica
Miscellaneous
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto Penido Burnier
Autores
- JOAO VITOR FERNANDES FELIX (Interesse Comercial: NÃO)
- Taise Tognon (Interesse Comercial: NÃO)
- Valdez Melo dos Anjos Filho (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MELANOSE PRIMARIA ADQUIRIDA SIMULANDO EPISCLERITE REFRATARIA: RELATO DE CASO
Objetivo
O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso raro de melanose primária adquerida que simula episclerite de forma refratária.
Relato do Caso
Paciente feminino, 29 anos, vem em uma consulta em 2018, queixando-se de olho direito (OD) hiperemiado temporalmente, há cerca de um ano. Havia consultado em cinco outros serviços, obtendo diagnóstico de episclerite idiopática. Recebendo tratamento adequado para episclerite. Com acuidade visual de 20/20 em ambos os olhos. Biomicroscopia OD: hiperemia conjuntival temporal em posição interpalpebral até a região limbar, com pontos escurecidos na região perilimbar(Foto 1). Apresentando teste do fenil positivo. Após novo tratamento com corticoesteroides em altas doses, associado a um vaso constritor local por 20 dias, sem melhora. Foi realizado em 10/01/2018 biopsia excisional da lesão conjuntival e episcleral mais crioterapia, com anátomo patológico e imunohistoquimica. Apresentou anatomopatológico dando diagnóstico de ceratose actinica acantolitica. Porém esse não seria o diagnóstico correto. A imunohistoquimica mostrou que o diagnóstico seria melanose primária adquirida.
Conclusão
A evolução da melanose primária adquerida é imprevisível. Pode ocorrer o desaparecimento da pigmentação numa área e o aparecimento ou aumento noutra. A velocidade de progressão é variável, mas geralmente leva anos. Por isso, é sempre necessário um seguimento cuidadoso, observando toda a conjuntiva, fazendo mapas da lesão, para termos uma noção de onde estão as lesões com maior risco, que quando são identificadas (espessamento conjuntival, conjuntiva tarsal) devem ser excisadas e analisadas. No nosso relato de caso, apresentou bordas livres, agora está em acompanhamento contínuo(Foto 2, após a excisão).
ANVISA: 25352012367201880