Sessão de Relato de Caso


Código

RC010

Área Técnica

Cirurgia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Santa Casa de Misericórdia de Santos

Autores

  • DAVID GALDINO NETTO (Interesse Comercial: NÃO)
  • LIA ALVES MARTINS MOTA LUSTOSA (Interesse Comercial: NÃO)
  • JESSICA PRADO CARNEVALLI (Interesse Comercial: NÃO)

Título

INTERCORRENCIA SECUNDARIA AO USO DE HIALURONIDASE NO BLOQUEIO PERIBULBAR: RELATO DE CASO

Objetivo

Apresentar possíveis intercorrências relacionadas ao uso da Hialuronidase na associação com os anestésicos para realização dos bloqueios oftalmológicos. Identificar sinais, sintomas e medicações apropriadas para o tratamento dessas complicações.

Relato do Caso

Paciente M.F.O., 53 anos, sexo feminino, natural e procedente de Santos. Quadro de Esotropia de Grande Ângulo. Apresentava Hipertensão Arterial Sistêmica controlada e alergia a iodo. Há 5 anos foi submetida à cirurgia de Recuo do Reto Medial no olho esquerdo (OE), tendo como complicação hiperemia e edema palpebral ipsilateral importante por suspeita de alergia a iodo. Retornou para novo procedimento de Recuo de Reto Medial no Olho Direito. Foi submetida a antissepsia com Clorexidina e bloqueio peribulbar com incisão no canto ínfero medial e na chanfradura superior orbitaria com Levobupivacaína 0,75% e Hialuronidase 30 UI/ml,totalizando 5 ml, com agulha 20x0,55mm. Houve acinesia ocular completa e midríase após 5 minutos. O peroperatório não apresentou intercorrências. Permaneceu em repouso hospitalar por 6 horas, sem queixas. Recebeu alta hospitalar e retorno pós cirúrgico. Durante a avaliação ambulatorial, 36 horas pós operatório, apresentou hiperemia palpebral e edema importante, além de sensação de ardor, sendo prescritos dexametasona tópico, compressa de água gelada e prednisona via oral. No terceiro dia de pós operatório apresentou melhora significativa do quadro, com regressão completa após uma semana, sem complicações oculares.

Conclusão

Apesar de raros casos, cerca de 0.1%, a Hialuronidase pode gerar urticária ou angioedema, de grau leve a grave, início imediato ou tardio em indivíduos suscetíveis. Sua apresentação deve ser diferenciada de outras patologias, em especial atenção o grupo de doenças infecciosas, como celulite pré-septal e até mesmo de celulite orbitaria, devido à severidade do quadro. O uso de corticóide e anti-histamínicos é bem aplicado neste tipo de complicação. Observamos a importância do conhecimento dessa afecção para raciocínio clínico e diagnóstico diferencial.

Promotor

Realização - CBO

Organização

Organizadora

Transportadora Terrestre Oficial

Transportadora Terrestre Oficial

Agência Web

Sistema de Gerenciamento desenvolvido por Inteligência Web

Patrocinador Diamante

Novartis Alcon

Patrocinador Rubi

Essilor
Genom
Johnson&Johnson

Patrocinador Prata

Latinofarma
Zeiss

63º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

4 a 7 de setembro de 2019 | Windsor Convention & Expo Center Barra da Tijuca | Rio de Janeiro | RJ | Brasil

ANVISA: 25352012367201880