Sessão de Relato de Caso


Código

RC145

Área Técnica

Oftalmopediatria

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Rede mario gatti Hospital Ouro Verde

Autores

  • SERGIO JOSE DE SOUZA MAIA FILHO (Interesse Comercial: NÃO)
  • SARA AGUIAR DE SOUZA CALDAS (Interesse Comercial: NÃO)
  • EUDSON HAROLDO DE OLIVEIRA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

SINDROME DE HORNER CONGENITA: RELATO DE CASO

Objetivo

Este relato tem como objetivo documentar o quadro de um paciente pediátrico com síndrome de horner congênita e chamar atenção para sua importância diagnóstica precoce.

Relato do Caso

Pré escolar L.M., 2 anos e 5 meses, encaminhado à oftalmologia por ptose unilateral à direita desde o nascimento. Genitora negava doenças previas , referiu parto cesárea sem intercorrência, negava tocotrauma, calendário vacinal atualizado, sem antecedentes oculares, alegava desenvolvimento neuropsicomotor normal. Na biomicroscopia apresentava ptose de Pálpebra superior direita com distância reflexo-margem de 2 mm e de 4 mm à esquerda; excursão do elevador de 7 mm à direita e 10 mm à esquerda. Discreto enoftalmo à direita e heterocromia de íris. Fundoscopia normal.Genitora referia que criança não apresentava sudorese em hemiface direita. Havia anisocoria com miose a direita, reflexos pupilares diretos e consensuais preservados. A instilação do colírio de fenilefrina 2,5% evidenciou midríase bilateral, com maior intensidade à direita. Foram realizados ultrassom de abdômen e Ressonância magnética de crânio, coluna total, torácica e abdominal, descartando a presença de massas tumorais e exame neurológico não mostrou lesões em nervos e plexo braquial. O diagnóstico clínico foi de síndrome de Horner Congênita e criança prossegue em seguimento.

Conclusão

Das varias etiologias da Síndrome de Horner na infância a mais comum é o trauma no nascimento, sendo o Neuroblastoma a segunda maior causa. A origem congênita é rara, correspondendo a 5% dos casos, sendo um de seus diferenciais a presença de heterocromia de íris. Os casos suspeitos devem portanto, ser examinados quanto a presença de massas cervicais ou abdominais e ao envolvimento de nervos cranianos. No caso apesentado não havia sinais clínicos e radiológicos de origem tumoral e não havia antecedente de tocotrauma, caracterizando, desse modo, a síndrome de Horner congênita.

Promotor

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