Sessão de Relato de Caso


Código

RC091

Área Técnica

Glaucoma

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Olhos do Paraná

Autores

  • RODRIGO TAKESHI OMOTO (Interesse Comercial: NÃO)
  • HAMILTON MOREIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

USO DA ELETRORRETINOGRAFIA NA SUSPEITA DE GLAUCOMA: RELATO DE CASO.

Objetivo

Relatar um caso em que o uso da eletrorretinografia contribuiu na decisão da conduta em paciente com suspeita de glaucoma.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 60 anos. Tratamento prévio para glaucoma com uso de travoprosta por 10 anos. Suspenso medicação há 4 anos. No momento, sem uso de antiglaucomatosos. Avó e pai cegos por glaucoma avançado. Acuidade visual: OD: 20/20 ; OE: 20/20 com a refração. AO: câmara anterior ampla, fácica, sem outras alterações. Gonioscopia: AO: ângulo aberto. Fundoscopia: OD: disco óptico grande, com relação escavação 0,7x0,7. OE: disco óptico grande, com relação escavação 0,6x0,6. PIO: OD: 15 mmHg; OE: 17 mmHg. Paquimetria OD: 530 micras; OE: 541 micras Perimetria computadorizada: AO: diminuição de sensibilidade em campo nasal inferior e superior. Mantido sem tratamento, solicitado OCT, teste de sobrecarga hídrica (TSH) e eletrorretinografia padrão (pERG). Resultados: OCT: OD: afinamento limítrofe nasal superior. OE: sem alterações. Diopsys® (pERG): Alteração da relação mag/magD em OE. Teste de sobrecarga hídrica: OD: 13/15/16/14 mmHg; OE: 18/21/22/19 mmHg. Com o teste sobrecarga hídrica com pico da PIO em OE, associado ao sinal de sofrimento celular no pERG do OE, iniciado Bimatoprosta AO. Após 30 dias: Paciente retornou em uso correto da medicação. Novos exames realizados. Diopsys® (pERG): Parâmetros dentro da normalidade em AO. Teste de sobrecarga hídrica: OD: 10/12/11/11 mmHg; OE: 14/16/15/14 mmHg. Conduta: Mantido tratamento. Retorno para seguimento.

Conclusão

O caso relatado retrata a dificuldade na investigação do paciente suspeito. Os exames de campimetria e OCT foram insuficientes para nos orientar sobre a necessidade do tratamento. O resultado alterado do pERG, que sugeriu sinais de sofrimento das células ganglionares, associado ao pico pressórico no TSH, nos direcionou à optar por iniciar tratamento. Além disso, a melhora da PIO e dos sinais de sofrimento celular sugeridos no pERG após o tratamento, demonstrou que, à princípio, a decisão sobre o tratamento foi correta e efetiva.

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