Código
RC171
Área Técnica
Plástica Ocular
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal Fluminense (UFF)
Autores
- ALINE MARIA HORTA RODRIGUES (Interesse Comercial: NÃO)
- Guilherme Herzog Neto (Interesse Comercial: NÃO)
- Erika Marques Demori (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RELATO DE CASO: DIAGNOSTICO DE TUMOR FIBROSO SOLITARIO NO HOSPITAL UNIVERSITARIO ANTONIO PEDRO
Objetivo
Diagnosticar e tratar o tumor fibroso solitário.
Relato do Caso
Paciente, 72 anos, sexo feminino, apresentando quadro insidioso de dor, hiperemia, aumento da pressão intraocular e proptose em olho esquerdo há aproximadamente dois anos. Ao exame apresentava exoftalmia e restrição da motilidade ocular extrínseca em todos os quadrantes do olho acometido e sem percepção luminosa à acuidade visual. Realizou ressonância nuclear magnética que evidenciou lesão nodular intraconal a esquerda, medindo 2,9 x 2,8 x 2,9 cm, com íntima relação com nervo óptico e realizando efeito compressivo sobre a musculatura ocular extrínseca, exibindo hipossinal em T1 e T2 e intensa impregnação pelo contraste. Foi realizada abordagem cirúrgica com exérese completa do tumor. A análise microscópica evidenciou neoplasia fusocelular, com baixo índice mitótico e ausência de necrose ou pleomorfismo. Também foi realizado estudo imuno-histoquímico apresentando imunorreatividade com BCL-2, CD34, CD99 e Ki-67 (10%).
Conclusão
O tumor fibroso solítário é um tumor raro correspondendo a 0,8% a 3% dos tumores primários orbitários. Ocorre geralmente entre a terceira e sexta décadas de vida, sem predileção por raça ou gênero e se apresenta como um tumor sólido, único e de crescimento lento. Apesar do comportamento benigno, metástases e recidivas podem ocorrer. Os exames de imagem apesar de não possuírem sinais patognomônicos nos auxiliam no diagnóstico e programação cirúrgica. O diagnóstico definitivo só é possível com o estudo histopatológico que apresenta uma lesão característica, proliferação celular com pleomorfismo discreto entremeados por numerosos vasos, e a análise imuno-histoquímica em que a imunorreatividade ao CD34 e ao STAT são características do tumor. O tratamento é consensual e se baseia na exérese cirúrgica completa. A técnica de orbitotomia anterior transconjuntival é útil para a maioria das lesões intraconais localizadas anteriormente e conjuntamente com a divisão vertical da pálpebra superior permite um amplo acesso a região intraconal permitindo a excisão completa do tumor.
ANVISA: 25352012367201880