Sessão de Relato de Caso


Código

RC038

Área Técnica

Doenças Sistêmicas

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais
  • Secundaria: Universidade Federal de Ouro Preto

Autores

  • LUCAS BRANDAO DAMASCENO GOES (Interesse Comercial: NÃO)
  • PAULO HENRIQUE MIRANDA CORDEIRO (Interesse Comercial: NÃO)
  • THALYTA JOANA OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

INVOLUÇAO ESPONTANEA DA PAPILOPATIA DIABETICA

Objetivo

Relatar o caso de paciente com resolução espontânea de papilopatia diabética bilateral documentada pela tomografia de coerência óptica (OCT - CIRRUS 4000 Carl Zeiss Inc.).

Relato do Caso

Feminino, 57 anos, hipertensa e diabética insulino-dependente, queixa baixa acuidade visual (AV) e fotofobia de início recente. Nega quaisquer antecedentes oftalmológicos. Apresenta AV com melhor correção de 20/40 no olho direito (OD) e 20/20 no olho esquerdo (OE). Biomicroscopia sem alterações. Fundoscopia revela discos ópticos (DO) edemaciados, hiperemiados e com telangiectasias. Teste de Ishihara com distúrbio da visão de cores inespecífico. Realizado propedêutica para papiledema, a tomografia computadorizada de crânio, a raquimanometria e os exames laboratoriais não revelaram alterações. A OCT de DO (Figura 1) demonstra espessura da camada de fibras nervosas total de 371 µm no OD e 161 µm no OE. Após 3 meses de rigoroso controle glicêmico, nova OCT mostra espessura total da camada de fibras nervosas de 112 µm no OD e 101 µm no OE, documentando objetivamente resolução do edema de DO bilateral.

Conclusão

A papilopatia diabética (PD) caracteriza-se por edema de disco óptico (DO), que ocorre em pacientes diabéticos do tipo I ou II, uni ou bilateral, transitório, com nenhum ou mínimo déficit visual. O diagnóstico é realizado com a exclusão clínica de outras causas de edema de DO. Na tentativa de propor critério diagnósticos, além do diagnóstico de diabetes mellitus e edema de DO uni ou bilateral, há também pressão intracraniana normal e ausência de sinais inflamatórios, infecciosos ou infiltrativos do DO, como relatado no caso da paciente acima. Após conduta expectante e controle glicêmico rigoroso houve melhora do edema confirmada pela OCT. Conduta essa adotada, uma vez que, atualmente, não há consenso sobre qual terapia deve ser instituída para o tratamento da PD.

Promotor

Realização - CBO

Organização

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63º Congresso Brasileiro de Oftalmologia

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