Código
P042
Área Técnica
Epidemiologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto Cearense de Oftalmologia
Autores
- BARBARA DE ARAUJO LIMA DUTRA (Interesse Comercial: NÃO)
- João Crispim Moraes Lima Ribeiro (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ANALISE EPIDEMIOLOGICA DO TRATAMENTO CLINICO PARA GLAUCOMA NO BRASIL ENTRE 2012 E 2017
Objetivo
Avaliar o perfil epidemiológico do tratamento clínico para glaucoma fornecido pelo sistema público de saúde no Brasil, Sistema Único de Saúde (SUS), entre janeiro de 2012 e dezembro de 2017.
Método
Estudo quantitativo e descritivo, com utilização de dados disponíveis na base do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). As variáveis foram: tratamento monocular ou binocular com drogas de primeira, segunda e terceira linha; tratamento monocular ou binocular com associação de duas drogas e três drogas de diferentes linhas. A partir dessas, analisou-se diferenças regionais e suas possíveis implicações.
Resultado
Durante o período analisado, a prevalência do tratamento clínico para o glaucoma triplicou de acordo com o registro do SIA/SUS, passando de 467.106 em 2012 para 1.425.432 em 2017. Dos tratamentos clínicos registrados, 1.354.160 são binoculares, totalizando 95%. O Nordeste brasileiro possui a maior prevalência de tratamento binocular para glaucoma (897.019 casos, cerca de 65%) e a terapêutica mais comum é a associação de duas drogas de diferentes linhas (33% de todos os tratamentos da região). Na região Sudeste, encontra-se a maior concentração de tratamento monocular registrada (53% dos casos), sendo a terapia predominante a associação de três drogas de diferentes linhas. A região Centro Oeste possui o menor número de tratamento para glaucoma independente da variável (menos de 6% do total dos casos). As demais regiões brasileiras, Norte e Sul, possuem maior prevalência de tratamento binocular, constituindo respectivamente 98% e 89% dos tratamentos destas regiões.
Conclusão
O glaucoma, segundo a Organização Mundial de Saúde, é uma das principais causas de cegueira independente da população avaliada. No Brasil, o maior número de tratamento fornecido pelo sistema público de saúde encontra-se nas regiões Nordeste e Sudeste. Dada alta prevalência nacional e o potencial de morbidade dessa patologia, é necessário intensificar os programas que visam diagnóstico precoce e tratamento adequado para que haja menos desfechos negativos.