Título

VASCULOPATIA POLIPOIDAL IDIOPÁTICA DA CORÓIDE VISUALIDA EM MAPEAMENTO DE RETINA

Objetivo

Relatar caso de vasculopatia polipoidal coroideana avançada onde não houve necessidade de indocianinografia para comprovação diagnóstica.

Relato do Caso

R.P.S., sexo feminino, 69 anos, natural de Fortaleza/CE, atendida em serviço oftalmológico da FUNCIPE, com queixa de baixa de acuidade visual progressiva em OE, há aproximadamente 4 anos. História de episódios de amaurose em OE aos 17 e 25 anos de idade, com melhora espontânea. Em tratamento para Glaucoma há 6 anos. Ao exame, apresentava acuidade visual de 20/30 OD e MM em OE. Sem alterações a biomicroscopia e pressão intra-ocular de 14mmHg em AO. No mapeamento de retina, apresentava em OD papila de 0,4x0,6 (HxV) e em OE extensa área de exsudação em pólo posterior, englobando área macular e de retina nasal com presença de pólipos justadiscais, sugestiva de doença polipóide, com presença de membrana neovascular de coróide macular. Angiofluoresceinografia evidenciou hiperfluorescência por defeito em janela secundária a rarefação de epitélio pigmentar da retina em região macular e múltiplas áreas de hiperfluorescência nasal superior em OE e fluorescencia normal em OD. OCT mostrando depressão foveal ausente, atrofia de camada externa de fotorreceptores com hiperreflectividade correspondente a tecido fibrótico e complexo EPR-coriocapilar com sinais de atrofia difusa perimacular em OE.

Conclusão

O caso relatado apresenta um paciente com quadro de mau prognóstico visual devido a acometimento macular e diagnóstico tardio. O exame padrão ouro para diagnóstico da VPIC ainda é a Indocianinografia, porém, a mesma se fez desnecessário devido ao estado avançado da doença e visualização dos pólipos ao mapeamento de retina.