Código
P034
Área Técnica
Doenças Sistêmicas
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: UFCG
Autores
- HORST NACONECY DE SOUZA (Interesse Comercial: NÃO)
- Katarina Maria Brasileiro Leal (Interesse Comercial: NÃO)
- Gilberto Santos Cerqueira (Interesse Comercial: NÃO)
- Helen Maria Filgueiras Costa (Interesse Comercial: NÃO)
- Hérika Maria Filgueiras Costa (Interesse Comercial: NÃO)
- Ana Paula Fragoso de Freitas (Interesse Comercial: NÃO)
Título
INCIDENCIA DE TRACOMA EM UM MUNICIPIO DO CEARA
Objetivo
Verificar a incidência do tracoma em um município do estado do Ceará.
Método
A campanha municipal do tracoma avaliou 5.045 crianças e adolescentes de 5 a 14 anos das 35 escolas públicas e privadas de Pedra Branca-CE através do PSE (Programa Saúde na Escola). A análise compreendeu o período entre Novembro de 2016 e Abril de 2017. Como o diagnóstico é eminentemente clínico, os profissionais de saúde precisaram realizar exame físico e anamnese detalhados.
Resultado
Dos 5.045 escolares de 5 a 14 anos de idade examinados para o tracoma, 158 foram casos positivos. O coeficiente de incidência da enfermidade na população avaliada de Pedra Branca, ou seja, crianças e adolescentes de 5 a 14 anos (8.207 dos 42.841 habitantes do município, segundo estimativa do IBGE para 2017), matriculados em escolas públicas e privadas do município (5.045), foi de aproximadamente 3.131,81/105 habitantes (avaliados), ou seja, uma taxa extremamente elevada. A maioria dos casos de tracoma caiu na categoria mais branda, desenvolvendo no máximo uma inflamação tracomatosa folicular. 153 dos 158 diagnosticados com a enfermidade não apresentaram sinais clínicos de gravidade. Apenas 5 casos tiveram antecedente médico de reinfecção e desenvolvimento de uma inflamação tracomatosa intensa, necessitando de acompanhamento mais profundo e encaminhamento ao oftalmologista.
Conclusão
Constatou-se que o município precisa realizar novas campanhas e que atinja maior contingência populacional para se tentar erradicar a endemia. Necessita-se de busca ativa de casos e visita domiciliar, além de acompanhamento dos focos da enfermidade para averiguar a expansão da infecção. Adicionalmente, é importante que se tenha conhecimento clínico para o diagnóstico e o tratamento dos casos com infecção ativa para a adoção de medidas de controle cabíveis. Para que haja continuidade no combate efetivo da doença são pertinentes a conscientização da população, ações educativas divulgadas por meios de comunicação e busca por melhoria sanitária domiciliar.