Código
P102
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Autores
- THAISA SILVEIRA BARBOSA (Interesse Comercial: NÃO)
- Eduardo F Oda (Interesse Comercial: NÃO)
- Helen N V Santos (Interesse Comercial: NÃO)
- Tatiana Tanaka (Interesse Comercial: NÃO)
- Joyce H Yamamoto (Interesse Comercial: NÃO)
Título
Análise do fluido ocular como auxílio no diagnóstico das uveítes
Objetivo
Análise de fluido intraocular como auxílio diagnóstico das uveítes
Método
Estudo prospectivo com inclusão de 27 pacientes (28 amostras) atendidos no Serviço de Uveítes, Hospital das Clínicas HCFMUSP, entre 2014 e 2017 com uveíte ativa (24/28) ou não (4/28), submetidos à análise do humor aquoso (HA;12/28) ou humor vítreo (HV;16/28). A vitrectomia foi diagnóstica (4/16), diagnóstica+terapêutica (9/16) ou terapêutica (3/16). HA foi avaliado por PCR quantitativo para Toxoplasma gondii, vírus Herpes simplex (HSV), varicela zoster (VZV), citomegalovírus (CMV) e Epstein-Barr (EBV). HV foi enviado para citologia (7/16), citometria de fluxo (7/16), microbiologia (16/16) e PCR (16/16). A prioridade de análise foi definida conforme a suspeita diagnóstica.
Resultado
A positividade do PCR em HA foi de 41,7%, sendo 50% (2/4) em imunocompetentes e 67% (2/3) em pacientes HIV+. Foram detectados CMV (uveíte anterior hipertensiva, S.Posner-Schlossman), HSV (necrose aguda de retina (NAR) com evolução atípica), T. gondii em 2 pacientes HIV+ (NAR; uveíte difusa - UD) e EBV (uveíte anterior crônica refratária à imunossupressão). A positividade do PCR em HV foi de 31,2%, sendo 13% (1/8) em imunocompetentes e 50% (4/8) em imunossuprimidos HIV-. Foram detectados T. gondii em 4 amostras (UD granulomatosa, uveíte posterior atípica - 2 amostras - e UD) e CMV (UD). Citologia e citometria de fluxo de 7 amostras de HV resultaram negativas. Cultura para C. albicans foi positiva em 2 casos. A análise do fluido intraocular confirmou/sugeriu outro diagnóstico em 58% das amostras de HA e em 50% de HV.
Conclusão
HA pode ser útil na elucidação de uveítes posteriores; doença inativa tem baixa positividade; pacientes HIV+ têm positividade de PCR maior que imunocompetentes. O diagnóstico bem elaborado auxilia no planejamento da análise do fluido intraocular.