Código
P017
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: UNIFESP
Autores
- ELIMAR MAYARA DE ALMEIDA MENEGOTTO (Interesse Comercial: NÃO)
- MICHELLE LIMA FARAH (Interesse Comercial: NÃO)
- TALITA CRISTINE MIZUSHIMA (Interesse Comercial: NÃO)
- ZETT CLAUDIO (Interesse Comercial: NÃO)
- ANA LUISA HOFLING-LIMA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ANGIOGRAFIA POR TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA NA AVALIAÇÃO DA VASCULARIZAÇÃO LÍMBICA APOS TRANSPLANTE DE CÓRNEA
Objetivo
Avaliar a vascularização límbica em córneas transplantadas por meio da OCTA comparando com biomicroscopia anterior documentada pela foto clínica.
Método
Estudo clínico observacional e transversal realizado no setor de Doenças Externas e Córnea da UNIFESP, incluindo pacientes com córnea transplantada. Excluiram-se os pacientes sem fixação ocular. Os participantes foram fotografados com técnica de iluminação difusa pela câmera digital Topcon DC-3 adaptada na lâmpada de fenda SL-D4, e submetidos a OCTA no equipamento DRI OCT Triton (Topcon, Japan), com varreduras tridimensionais em seções de 3x3mm. As imagens do OCTA e das fotografias dos 4 quadrantes de cada olho foram comparadas a fim de avaliar a detecção de neovasos por ambas as técnicas.
Resultado
Foram avaliados 9 olhos (36 quadrantes). Apenas 1 dos olhos estudados não apresentou neovasos na avaliação feita com ambas as técnicas. Nos demais olhos, a OCTA identificou neovasos em 24 quadrantes, e a fotografia em 22. Na comparação das técnicas, ambas concordaram quanto à presença de neovasos em 19 quadrantes, e em 9 quadrantes quanto a ausência. Em 5 quadrantes o OCTA revelou neovasos não detectados na foto, e o contrário ocorreu em 3 quadrantes. Deve-se ressaltar que nos 3 casos em que apenas a foto documentou neovascularização, haviam artefatos nas imagens de OCTA, que impediam a análise, os quais ocorrem quando há movimentação ocular durante a captura da imagem. Apesar dos resultados semelhantes, nos olhos em que houve concordância, o OCTA mostrou com maiores detalhes a organização dos vasos límbicos naqueles sem neovascularização, e a extensão da invasão da córnea receptora e enxerto, nos vascularizados.
Conclusão
A análise de neovascularização pela OCTA demonstrou-se útil para avaliar a vascularização em olhos com transplante de córnea. A detecção de neovasos foi semelhante à biomicroscopia, mas com maior detalhamento, o que favorece a avaliação do progresso. A biomicroscopia foi mais útil em pacientes pouco colaborativos, pois as imagens OCTA requerem acinesia ocular.