Código
P055
Área Técnica
Epidemiologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Pontifícia Universidade Católica de Campinas - (PUCC)
- Secundaria: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Autores
- GABRIELA CHAVES HOEHR (Interesse Comercial: NÃO)
- JHENIFER LEMES FREITAS TREVISAN (Interesse Comercial: NÃO)
- AUGUSTO TERRA BACCEGA (Interesse Comercial: NÃO)
- PIETRO DECHICHI (Interesse Comercial: NÃO)
- MARCELO VICENTE ANDRADE SOBRINHO (Interesse Comercial: NÃO)
- DIANA BEATRIZ FILIP RASKIN (Interesse Comercial: NÃO)
- MONICA ALVES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PREVALENCIA DA DOENÇA DO OLHO SECO EM PACIENTES NA MENOPAUSA EM HOSPITAL TERCIARIO
Objetivo
Conhecer a prevalência da doença do Olho Seco (OS) em mulheres na menopausa de um serviço terciário e correlacionar as queixas clínicas destes aos achados no exame oftalmológico.
Método
Primeira etapa: aplicação de dois questionários que abordam frequência de sintomas de OS, presença de fatores associados e dados clínicos em pacientes menopausados. Segunda etapa: seleção dos pacientes que apresentaram score positivo para os sintomas de olho seco e realização da confirmação diagnóstica através de exames clínicos: Teste de Schirmer, avaliação da superfície da córnea e da conjuntiva,tempo de rotura do filme lacrimal com fluoresceína. Todos os participantes foram esclarecidos sobre o conteúdo e o propósito da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Resultado
Foram entrevistadas 130 mulheres com diagnóstico de menopausa . Cerca de 31% possuíam queixas clínicas condizentes a OS de acordo com os questionários. A média de idade dos pacientes que apresentaram positividade clínica foi de 58,20 ± (6,82) anos.Estes pacientes apresentaram correlação clínica positiva para os seguintes fatores de risco: tabagismo (p=0,05), doença reumatológica (p=0,01) e uso de antidepressivos (p=0,02). A prevalência de OS grave pelo questionário de sintomas foi alta, cerca de 65% dos pacientes examinados. No exame clínico observamos que 60% dos pacientes possuíam OS moderado pelo tempo de rotura do filme lacrimal. Entretanto os testes de fluoresceína, lisamina e Schirmer apresentaram score normal a leve para mais da metade dos pacientes avaliados.
Conclusão
Observamos uma alta frequência de sintomas de OS em pacientes menopausadas - um terço dos entrevistados, sugerindo que as alterações hormonais possuem grande influência para o desenvolvimento de OS. A incidência de OS em pacientes menopausadas aumentam com uso de tabaco, antidepressivos e associação com doenças reumatológicas.