Sessão de Relato de Caso


Código

RC261

Área Técnica

Trauma

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Autores

  • MARINA BERQUO PELEJA (Interesse Comercial: NÃO)
  • BRUNO CARVALHO PINTO (Interesse Comercial: NÃO)
  • IGOR MOREIRA TORTURELLA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

MIGRAÇÃO ESPONTÂNEA DE CORPO ESTRANHO ALOJADO EM ÓRBITA HÁ SEIS ANOS

Objetivo

Relatar caso de paciente que apresentou migração de corpo estranho (CE) alojado em órbita após seis anos de acidente com projétil de arma de fogo (PAF).

Relato do Caso

A.P.L.M., sexo feminino, 21 anos, atendida no Pronto-socorro de Oftalmologia do HBDF em março de 2017, queixando pontada e incomodo progressivo há uma semana em região temporal de olho esquerdo (OE), com pequeno sangramento recente. Paciente com historia de ser vitima de PAF em 2011, com traumatismo cranioencefálico grave, fratura temporal e alojamento de fragmentos de PAF em região retro-orbitaria esquerda. Realizou cirurgia para redução e fixação de fratura de ossos Naso-Órbito-Etmoidais (NOE) e reconstrução de assoalho de órbita esquerda e cantopexia ipsilateral. Ao exame, AVSC OE: SPL; BIO OE: phthisis bulbi, hiperemia, sangue em fórnice conjuntival e CE alojado em região parabulbar temporal, com aspecto metálico e parte visível com 2mm de diâmetro. Tomografia computadorizada (TC) de órbita: CE em órbita esquerda, temporal, puntiforme, adjacente ao globo ocular, com densidade superior a de osso. Realizada extração do CE sob biomicroscopia: fragmento de PAF com cerca de 4,0 x 3,5 mm. Paciente reavaliada após 72 horas, sem queixas e com boa cicatrização.

Conclusão

Corpos estranhos intraorbitais acontecem com frequência de uma vez em cada 6 casos de trauma orbital, com apresentação clínica variável. Objetos metálicos e de vidro são mais frequentes e bem tolerados, CE orgânicos tendem a ter mais complicações inflamatórias/infecciosas. A TC é importante na determinação do tamanho e localização do CE, avaliação de possíveis complicações, além de ser segura na presença de CE metálicos. A ressonância magnética é contraindicada na suspeita de CE de metal, pelo potencial de deslocar aleatoriamente o mesmo. A intervenção cirúrgica de CE retro-orbital é indicada apenas quando há efeitos adversos dessa retenção, seja mecânico ou funcional. Isso justifica a conduta conservadora adotada no caso apresentado, uma vez que as sequelas oculares são secundárias ao próprio trauma sofrido, e não ao CE.

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