Código
P088
Área Técnica
Refração
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: OFTALMOCENTER SANTA ROSA
Autores
- CELSO MARCELO CUNHA (Interesse Comercial: NÃO)
- RENATO JOSE BETT CORREIA (Interesse Comercial: NÃO)
- JÉSSICA TEIXEIRA CUNHA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ASSOCIAÇÃO DAS LENTES DE CONTATO MULTIFOCAIS E ATROPINA NO CONTROLE DA MIOPIA
Objetivo
Avaliar a tolerância da associação de tratamentos para a redução da progressão da miopia em crianças míopes, com uso de lentes de contato multifocais (LCM) e atropina 0,01%.
Método
Realizou-se estudo prospectivo em 41 pacientes do Hospital Geral Universitário e Oftalmocenter Santa Rosa - Cuiabá - MT, com idades entre 8 e 13 anos, equivalente esférico (EE) da refração entre -1,00 a -6,00 DE, refração cilíndrica < -1,00 DC e taxa de progressão anual de 0,50 DE (ou maior). Os pacientes foram divididos em dois grupos: o grupo 1 usou LCM – Adição 2,00D (Balanced progressive technology – D lens), e o grupo 2, além da LCM, usou atropina 0,01%, 1 gota todas as noites. Avaliou-se, após 3 e 6 meses de intervenção, a tolerância aos métodos empregados.
Resultado
Dos 41 pacientes, 25 eram do grupo 1, com idade média de 10,59 ± 1,62 anos, e o grupo 2 teve idade média de 10,06 ± 0,93 anos. Doze (48%) e 8 (50%) eram do sexo masculino nos grupos 1 e 2, respectivamente. Três (12%) e 14 (87,5%) pacientes desistiram do tratamento, nos grupo 1 e 2, nessa devida ordem. Dez (62,5%) pacientes deste grupo nos primeiros 3 meses. Houve diferença estatisticamente significativa (P<0,05) entre os grupos.
Conclusão
A associação desses métodos é intolerável para a maioria das crianças míopes. No entanto, não se pode extrapolar para outros tipos de lentes de contato ou menores concentrações da atropina, portanto, outros estudos são necessários. A maior entrada de luz, pela pequena midríase induzida pela atropina, associada à percepção simultânea de imagens nas LCM, podem ser os fatores causais.