Código
P085
Área Técnica
Glaucoma
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal do Pará (UFPA)
Autores
- PABLO DE MELO MARANHAO PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- Érika de Oliveira Santos (Interesse Comercial: NÃO)
- Joelma Flórence Lobo da Costa (Interesse Comercial: NÃO)
- Paula Renata Caluff Tozzati (Interesse Comercial: NÃO)
- Olga Ten Caten Pies Lameira (Interesse Comercial: NÃO)
- Graziella de Assis Malerba (Interesse Comercial: NÃO)
- Pedro Alves de Almeida Lins (Interesse Comercial: NÃO)
- Fernanda Braga Cordeiro Franco Rodrigues (Interesse Comercial: NÃO)
- Luiz Ricardo Cruz Neves (Interesse Comercial: NÃO)
- Rafael Scherer (Interesse Comercial: NÃO)
Título
PERFIL EPIDEMIOLOGICO E ADESAO TERAPEUTICA DE PACIENTE COM GLAUCOMA NO HUBFS
Objetivo
Estudar a percepção dos portadores de glaucoma em relação a esta doença e ao tratamento, avaliando concomitantemente a adesão terapêutica dos mesmos, estimando sua taxa e os motivos da não adesão.
Método
Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, realizado através de entrevista utilizando questionário, com 79 pacientes com diagnóstico confirmado de glaucoma em acompanhamento e tratamento no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza. Para análise das variáveis categóricas de interesse, utilizou-se o teste G. Foram considerados significantes valores de p inferiores a 0,05.
Resultado
A idade dos pacientes variou de 25 a 77 anos, sendo a maioria do gênero masculino, pardos, com o primeiro grau incompleto, aposentados, com renda de 1 a 2 salários mínimos. Um elevado percentual (70,89%) afirmou não saber o que é o glaucoma, no entanto 73,42% compreendiam o que o médico falava nas consultas. A associação entre a faixa etária e o tempo de tratamento demonstrou-se significativa (p=0,044). Dentre os 79 pacientes, 70,13% realizam tratamento medicamentoso e 29,87% além de utilizarem medicamento já foram submetidos a intervenções cirúrgicas. Identificou-se que 19 pacientes não fazem uso regular dos fármacos, em virtude da dificuldade para custear a compra do colírio e/ou esquecer-se de usar. A associação entre a renda familiar e dificuldade de comprar o medicamento foi significativa (0,026). Com relação a percepção do tratamento, 55,84% afirmaram sentir melhora com o mesmo, contudo 41,56% apontaram que não houve mudanças e 2 referiram que houve piora da doença. A doença mudou a qualidade de vida de 45,57% dos pacientes, e 54,43% negaram a mudança na rotina diária.
Conclusão
Observou-se que a idade elevada, desconhecimento a respeito do glaucoma, baixa escolaridade e baixa renda familiar têm influência sobre a percepção acerca da doença e sobre a adesão ao tratamento.