Código
RC073
Área Técnica
Neuroftalmologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal de Goiás (UFG)
Autores
- RODRIGO ALVARES SALUM XIMENES (Interesse Comercial: NÃO)
- Bruna Costa Monteiro Hadler (Interesse Comercial: NÃO)
- Patricia de Moraes Silva (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RELATO DE CASO DE PACIENTE COM GLIOMA DE NERVO OPTICO BILATERAL, ASSOCIADO A NEUROFIBROMATOSE DO TIPO 1.
Objetivo
Relatar um caso de paciente com glioma de nervo óptico bilateral, associado à neurofibromatose do tipo 1.
Relato do Caso
M.J.F.R, 1 ano e 11 meses, sexo masculino, compareceu ao pronto socorro do Centro de Referencia em Oftalmologia com a mãe, com a queixa de que o filho começou a andar “tateando” há duas semanas e houve surgimento de proptose progressiva e esodesvio de olho esquerdo. Também foi relatado que paciente possuía manchas “café-com-leite” em membros superiores, pescoço e tórax. Teve queda da própria da altura há 4 meses com trauma contuso da órbita esquerda e cursou sem acompanhamento oftalmológico desde então. Ao exame fundoscópico havia edema de disco óptico em AO, sem alterações em mácula e retina periférica Foi solicitado, dessa forma, a ressonância magnética (RNM) de crânio, na qual foi visto lesões expansivas acometendo bainhas dos nervos ópticos, quiasma, hipotálamo, comissura anterior, pedúnculos cerebrais e radiações ópticas intracranianas (lobos frontais e parietal direito). Paciente foi encaminhado ao serviço de oncopediatria do Hospital Araújo Jorge de Goiânia para quimioterapia após resultado da RNM.
Conclusão
Gliomas ópticos são achados comuns em pacientes portadores de neurofibromatose e acometem crianças jovens, antes dos 10 anos de idade. Os gliomas restritos ao nervo óptico e associados à NF1 normalmente são menos agressivos e com menor extensão para hipotálamo As condutas no glioma são: expectante, excisão cirúrgica, radioterapia e quimioterapia. No nosso paciente, optou-se pela quimioterapia.