Código
RC167
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal do Ceará (UFC)
Autores
- RAFAEL JORGE ALVES DE ALCANTARA (Interesse Comercial: NÃO)
- DANIEL EDUARDO GARCIA BEZERRA (Interesse Comercial: NÃO)
- LORENA MARIA ARAÚJO GOMES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
OCLUSAO DE RAMOS DA ARTERIA CENTRAL DA RETINA SECUNDARIA A ENDARTERECTOMIA DE CAROTIDA: RELATO DE CASO
Objetivo
Apresentar caso de oclusão de ramos da artéria central da retina (ORACR) em olho esquerdo associado à baixa acuidade visual após endarterectomia em carótida esquerda, incluindo atendimento oftalmológico, exames de imagem e tratamento realizado levando a melhora da acuidade visual.
Relato do Caso
Paciente R.O.S, 73 anos, masculino, submetido à endarterectomia de artéria carótida esquerda por estenose sintomática da mesma, foi encaminhado ao serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário Walter Cantídio com queixa de baixa acuidade visual súbita em olho esquerdo (OE) segundo dia de pós-operatório. Ao exame, apresentava acuidade visual corrigida 20/40 no olho direito (OD) e 20/200 no OE, biomicroscopia: pseudofácico em ambos os olhos (AO), pressão intra-ocular normal em AO e fundo de olho: sem alterações no OD e nervo óptico hipocorado temporal, estreitamento arteriolar difuso, placas de Hollenhorst no terço médio das arcadas temporais e edema pálido da retina temporal acometendo parcialmente à fóvea no OE (Figura 1). Foi realizado massagem ocular com lente de 3 espelhos de Goldman e administrado 250 ml de Manitol 20% endovenoso. Paciente foi reavaliado após 30 dias, apresentando melhora da acuidade visual corrigida do OE para 20/80 e fundo de olho com palidez temporal de disco óptico, estreitamento arteriolar, placas de colesterol visiveís e atrofia difusa do epitélio pigmentar da retina temporal. A tomografia de coerência óptica da mácula do OE demonstrou diminuição da espessura retiniana temporal e aumento da refletividade das camadas internas da retina (Figura 2).
Conclusão
A associação de OACR e seus ramos como complicação de procedimentos endovasculares está bem estabelecida. Pacientes submetidos a estes procedimentos e que apresentem sintomas visuais devem ser prontamente avaliados por oftalmologista e submetidos a propedêutica adequada. Neste caso, tratamento instituído resultou em melhora da acuidade visual.