Código
RC009
Área Técnica
Cirurgia Refrativa
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: FUNCIPE
Autores
- RENATA BASTOS VASCONCELOS (Interesse Comercial: NÃO)
- ADA AGUIAR VASCONCELOS (Interesse Comercial: NÃO)
- JAILTON VIEIRA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ECTASIA POS LASIK NA SINDROME DE TURNER
Objetivo
Relatar um caso de ectasia pós LASIK em paciente com diagnóstico de síndrome de Turner, sem outros fatores de risco.
Relato do Caso
Paciente, sexo feminino, 35 anos, com diagnóstico de síndrome de Turner, sem outras comorbidades, com o seguinte exame oftalmológico: Acuidade visual: 20/20 em ambos os olhos e refração: OD: -4,50 -0,50 a 80 e OE: -4,00 -0,75 a 95; Biomicroscopia: córnea transparente, câmara anterior formada, fácica em ambos os olhos; Pressão intraocular: OD: 12 mmHg e OE: 13 mmHg; Fundoscopia: papila corada com escavação fisiológica, relação arteriovenosa mantida e mácula com brilho característico em ambos os olhos. Tomografia de córnea pre operatória sem qualquer evidencia de contra indicação para cirurgia refrativa. Foi submetida a ceratectomia lamelar refrativa a laser sem intercorrências Após 1 ano e meio: refração OD: -0,25 -0,25 a 80 e OE: +0,25 -0,25 a 105. Após 2 anos e meio: refração OD: plano -0,25 a 65 e OE: +0,50 -1,25 a 115 (08/02/2012) Após 4 anos: refração OD: -0,75 -0,75 a 50 e OE: plano -2,75 a 120. Devido a alteração refracional progressiva foi suspeitado de ectasia, que foi confirmada com a realização de uma tomografia de córnea. Diante desse diagnóstico foi indicado e realizado crosslinking do colágeno corneano bilateral e a paciente evoluiu com estabilização da ectasia.
Conclusão
O nosso caso revela uma possível associação entre a síndrome de Turner e o desenvolvimento de ectasia, demonstrada pela ausência de outros fatores de risco e ainda por evidências científicas de associação dessa condição com ceratocone, alertando a todos para essa complicação potencial em portadores dessa síndrome candidatos a cirurgia refrativa.