Código
RC195
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: HRO
Autores
- GUILHERME LIMA PALACIO (Interesse Comercial: NÃO)
- Wener Passarinho Cella (Interesse Comercial: NÃO)
- Gontran Vieira Brito Filho (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ROTURA BILATERAL DO EPITELIO PIGMENTADO DA RETINA APOS TRATAMENTO ANTIANGIOGENICO INTRAVITREO COM AFLIBERCEPTE
Objetivo
Relatar um caso de rotura bilateral do Epitélio Pigmentado da Retina (EPR) após injeção intravítrea com aflibercepte em paciente com neovascularização coroidal do tipo 1 na ausência de descolamento do EPR (DEP).
Relato do Caso
E.C.M., 82 anos, sexo feminino, com acuidade visual corrigida de 20/30 no olho direito e de 20/25 no olho esquerdo, apresentando drusas confluentes em ambos os olhos e exames compatíveis com neovascularização coroidal sub-EPR (membrana tipo 1) no olho direito. Foi indicado e realizada terapia antiangiogênica intravítrea com aflibercepte no olho direito e, entre a primeira e a segunda injeção, houve piora da acuidade visual (menor que 20/200), sendo observada rotura do EPR com fluido subretiniano. Manteve-se o tratamento antiangiogênico até completar a dose de ataque, quando houve estabilização da rotura e absorção completa do fluido subretiniano, e depois tratamento se necessário. Após 3 meses, referiu piora visual no olho esquerdo, com acuidade visual de 20/50 e, após 3 injeções mensais de aflibercepte, apresentou igualmente rotura do EPR com fluido subretiniano, mantendo esquema tratar e extender até completa cicatrização. No acompanhamento de 24 meses, após 5 injeções de aflibercepte no olho direito e 7 no olho esquerdo, evoluiu com cicatrização completa rotura do EPR sem repovoamento celular, permanecendo com acuidade visual menor que 20/200 em ambos os olhos.
Conclusão
A rotura do EPR após terapia antiangiogênica é complicação pouco frequente nas membranas do tipo 1, geralmente associada a descolamento fibrovascular do EPR devido à sua contração. No presente caso, a ocorrência de rotura do EPR na ausência de descolamento é bastante incomum, tanto por ser bilateral como por não apresentar fator de risco maior. A terapia antiangiogênica realizada de forma cumulativa auxilia na absorção do fluido subretiniano e na estabilização da rotura.