Sessão de Relato de Caso


Código

RC114

Área Técnica

Órbita

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Regional de São José

Autores

  • JAIME FRACASSO JUNIOR (Interesse Comercial: NÃO)
  • Gherusa Helena Milbratz Moré (Interesse Comercial: NÃO)
  • Caroline Brezolin Marquetto (Interesse Comercial: NÃO)

Título

TROMBOSE SEPTICA DE SEIO CAVERNOSO SECUNDARIA A CELULITE ORBITARIA POR INFECÇAO CUTANEA

Objetivo

Relatar caso de trombose séptica do seio cavernoso (TSSC) em decorrência de infecção cutânea nasal no triângulo perigoso da face e consequente celulite orbitária, evento raro (incidência de 0.02%), associado a alta mortalidade (15-30%) e cegueira (8%). Diagnóstico é essencialmente clínico, respaldado com exames de imagens, líquor e sangue.

Relato do Caso

Paciente feminina, 14 anos, em tratamento com antibioticoterapia oral (cefalexina), após drenagem de abscesso em face, secundário a lesão cutânea nasal – acne há três semanas, apresentando baixa visual em olho esquerdo (OE), exoftalmia OE e cefaleia há dois dias. Ao exame, olho direito (OD) sem alterações oftalmológicas e acuidade visual 20/20, OE sem percepção luminosa (SPL), apresentando quemose, midríase fixa, proptose com exoftalmometria 25mm (OD 15mm), oftalmoplegia e fundoscopia com afinamento vascular. Clinicamente, febril e letárgica. Ressonância Magnética revelou sinais de celulite pós-septal esquerda com quatro abscessos intra orbitários, não subperiosteais e tromboflebite do seio cavernoso. Iniciado tratamento com suporte clínico e antibioticoterapia endovenosa (ceftriaxona + oxacilina), seguida da drenagem cirúrgica dos abscessos orbitários. Apesar do tratamento clínico e cirúrgico, evoluiu com cefaléia, vômitos e rigidez de nuca e exame de líquor infeccioso. Cultura do material obtido na drenagem dos abscessos orbitários foi compatível com Staphylococcus aureus resistente a oxacilina, sendo substituída a terapêutica para vancomicina e meropenem. Obteve evolução sistêmica e oftalmológica favoráveis com melhora da motilidade ocular e diminuição da proptose (16mm), porém mantendo SPL após o tratamento.

Conclusão

TSSC é uma urgência neuro-oftalmológica, postula-se que a principal causa seja um foco infeccioso distante com septicemia, todavia infecções faciais disseminadas pelo plexo venoso facial (50%) podem levar a este quadro, chamando atenção para as localizadas no triângulo perigoso da face. Prognósticos favoráveis dependem do pronto diagnóstico e tratamento.

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