Código
RC207
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Autores
- NATHALIA CORBELLI ROBERTI (Interesse Comercial: NÃO)
- Gabrielle Senter (Interesse Comercial: NÃO)
- Felipe Pereira (Interesse Comercial: NÃO)
Título
USO DA DORZOLAMIDA TOPICA COMO TRATAMENTO DE FOSSETA DE DISCO OPTICO COM DESCOLAMENTO DE RETINA SEROSO: SEGUIMENTO DE UM ANO.
Objetivo
Demonstrar o potencial benefício do uso da dorzolamida tópica, em um caso de fosseta de disco óptico com descolamento de retina seroso. O caso teve o acompanhamento de um ano com importante melhora da acuidade visual.
Relato do Caso
Criança de 10 anos,feminina, branca, deu entrada no departamento de Oftalmologia da UNIFESP com baixa acuidade visual súbita no olho esquerdo nos últimos 20 dias. Sem antecedentes oftalmológicos, pessoais e familiares. Apresentava acuidade visual (AV) do olho direito (OD) 20/20 e olho esquerdo (OE) 20/400 com a melhor correção. Na fundoscopia do OD não foram encontradas alterações e no OE apresentava fosseta de disco óptico com descolamento de retina (DR) seroso associado. Realizado Tomografia de Coerência Óptica (OCT) de mácula que evidenciava extenso DR seroso comprometendo anatomia subfoveal. Optou-se pelo tratamento com dorzolamida 2% colírio de 12/12h. A paciente foi acompanhada por um ano, com um intervalo trimestral, tendo apresentado progressiva melhora da acuidade visual, assim como, do descolamento seroso de retina e de seu padrão no OCT. Na última avaliação a AV do OD era 20/20 e do OE 20/40. A criança mantém seu acompanhamento no setor de Retina da UNIFESP.
Conclusão
O tratamento do descolamento de retina seroso na fosseta de disco óptico é assunto de muita discussão na literatura. A principal terapêutica indicada consiste na cirurgia de vitrectomia para os casos com comprometimento da acuidade visual, acompanhados de descolamento seroso de retina ou de retinosquise. A realização de peeling de membrana limitante interna e injeção de gás ainda são controversos, assim como a utilização de plugs de membrana limitante interna e fibrina autóloga na tentativa de oclusão da fosseta de disco. O caso destaca o promissor papel da dorzolamida tópica nos casos de DR seroso na fosseta de disco óptico. Estudos controlados são necessários para estabelecer melhor esta relação.