Sessão de Relato de Caso


Código

RC184

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Complexo Hospitalar Padre Bento

Autores

  • ANDRE MARQUES LACERDA (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARIANA MEIRA DOLFINI SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
  • ALINE CRISTINA FIORAVANTE LUI (Interesse Comercial: NÃO)

Título

RELATO DE CASO:ESCLERITE POSTERIOR IDIOPATICA UNILATERAL

Objetivo

Objetivo:Relatar um caso de paciente jovem, masculino, com esclerite posterior unilateral, sem associação com doenças reumatológicas ou sistêmicas

Relato do Caso

Paciente masculino, 33 anos, branco, deu entrada no pronto socorro do Hospital Padre Bento de Guarulhos, queixando-se de hiperemia e dor no olho direito há 30 dias, em uso de colírio de dexametasona 0,1% com ciprofloxacino 0,3%, prescrito em outro serviço sem melhora. Negava antecedente pessoal ou familiar.Ao exame oftalmológico apresentava acuidade visual com a melhor correção no olho direito: 20/70 e olho esquerdo: 20/30. Pressão intraocular: 12 em ambos os olhos. Biomicroscopia OD: hiperemia conjuntival 4+, 360º, sem reação de câmara anterior; OE: sem alterações. No mapeamento de retina do OD apresentava dobras de coroide acometendo o polo posterior; OE: normal. Teste da fenilefrina negativo. A ultrassonografia ocular demonstrava aumento da espessura da esclera e da coroide, fluido sob a cápsula de Tenon, com formação do sinal do “T” invertido. Foi introduzido Nimesulida 100mg 12/12 via oral e Maxidex 4/4h no olho direito e suspenso o colírio anterior. Solicitado exames laboratorias: hemograma normal, PPD: 6mm, Rx toráx sem alterações, VDRL e FTABS não reagente, FAN, FR, c-ANCA, p-ANCA negativos. No retorno após 07 dias foi introduzido prednisona 1mg/kg/dia e mantido o corticoide tópico, já em uso. Paciente retornou 15 dias após o inicio do tratamento, sem queixas, acuidade visual de 20/20, ausência de hiperemia ocular e regressão total das dobras de coróide

Conclusão

A esclerite posterior é considerada uma doença rara e pouco diagnosticada. O não reconhecimento/tratamento podem comprometer a visão de maneira rápida e definitiva. O tratamento deve ser instalado precocemente depois de afastadas as causas infecciosas. A investigação laboratorial deve ser sempre instituída, classificando a doença em questão como reumatológica, infecciosa ou idiopática. Após investigação criteriosa institui-se o tratamento para a doença de base, muitas vezes sendo mandatória a corticoterapia via oral

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